Grandes nomes da engenharia nacional deram início, nessa sexta-feira (8/8), ao 12º Congresso Estadual de Profissionais (CEP) do Crea-SP e ao Colégio de Inspetores de 2025. Promovido na Mercado Livre Arena Pacaembu, o evento busca soluções para infraestrutura urbana e a implementação de cidades inteligentes no estado.
Estiveram presentes o vice-governador, Felicio Ramuth; o secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, Gilberto Kassab; a presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-SP), Lígia Marta Mackey; e o presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Vinicius Marchese.
A presidente do Crea-SP reforçou o papel estratégico da engenharia no desenvolvimento de São Paulo, vista pelo conselho como fundamental para ditar as cidades inteligentes. “Diálogo, escuta qualificada e projeto. É a união entre conhecimento, responsabilidade pública e visão estratégica.”
“Cidade inteligente é aquela onde o cidadão tem bom saneamento básico, água potável e boa mobilidade. E só vocês podem trazer essas soluções”, reforçou Marchese, desafiando os presentes no evento, que segue neste sábado (9/8), a trazerem soluções.
Durante a abertura, Gilberto Kassab, que é engenheiro, foi presenteado pelo presidente do Confea com uma carteira atualizada da entidade devido à contribuição à engenharia.
Em seguida, o secretário parabenizou o papel dos conselhos pela realização do congresso. “São Paulo é protagonista. E o Crea tem sido fundamental na formação dos engenheiros.”
Já o vice-governador de São Paulo dissertou sobre como o evento trilha caminhos para o desenvolvimento de cidades inteligentes. “Se fôssemos um país, seríamos a 21ª economia do mundo, mas ainda somos um estado desigual”, apontou, citando esse como o fato a ser superado pelos avanços de infraestrutura.
Sobre a mobilidade, Ramuth afirmou que duas ações pontuais estão em curso: investimentos no transporte marítimo, com novas licitações, e em ferrovias.
“Dos R$ 270 milhões (de subsídios às travessias de balsa), 90 vão para abastecimento. Com a eletrificação, espera-se economia. E a partir do terceiro ano, a concessionária que ganhar terá que trocá-la até o sétimo”, pontuou o vice-governador.
Quanto à rede ferroviária, Ramuth destacou a volta do trem de passageiros à capital, estrutura marcante do fim do século XIX. E ainda na mobilidade urbana, a finalização de trechos do Rodoanel e do monotrilho da Linha 17 – Ouro do metrô.
Por fim, o vice-governador detalhou o projeto de construir o Centro Administrativo de São Paulo, na Praça Princesa Isabel. De maneira resumida, os prédios serão concentrados no coração da cidade, e os servidores reunidos em um único complexo.
“Temos 60 prédios. A cada um que ocupamos, temos por volta de 15 contratos de manutenção, zeladoria e segurança. Esses acordos vão se transformar em um só de concessão por 25 anos com a nova construção”, explicou.