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    Em um ano, 1 em cada 4 pessoas roubadas no país foi ameaçada com arma

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    Um em cada quatro brasileiros roubados, entre julho de 2024 e junho de 2025, afirma ter sido ameaçado com arma de fogo no momento do crime, aponta um levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e o Instituto Datafolha. No total, 11,1% da população diz ter sido roubada nesse período – o que representa mais de 20 milhões de pessoas.

    A estatística faz parte de uma pesquisa feita pelas instituições sobre vitimização e percepção sobre segurança pública. Os dados foram divulgados nesta nesta quinta (14/8).

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    De acordo com o estudo, que se debruça sobre dados de violência desde 2017, esta foi a primeira vez que os entrevistados foram questionados sobre o uso de arma de fogo durante o roubo.

    “Embora não tenhamos série histórica deste dado, é uma informação que necessariamente precisa ser monitorada, especialmente à luz das mudanças da legislação de controle de armas entre os anos de 2018 e 2022, que culminaram em um crescimento expressivo do número de armas em circulação, abrindo espaço para [que] muitas delas sejam desviadas ou utilizadas pelo crime”, afirmam os pesquisadores.

    15 milhões de brasileiros tiveram o celular roubado

    • A mesma pesquisa apontou que 9,3% da população brasileira relatou ter tido o celular roubada ou furtada no último ano, independentemente de ter ou não registrado boletim de ocorrência.
    • O total corresponde a 15,7 milhões de brasileiros e brasileiras, que tiveram um prejuízo financeiro médio estimado de R$1.700 por vítima.
    • Considerando o total de pessoas afetadas, o prejuízo agregado é de cerca de R$ 26,7 bilhões.
    • O relatório mostrou ainda que quem teve o celular furtado ou roubado tem 3,7 vezes mais chances de sofrer um crime virtual.

    “A posse de celulares mostra-se, portanto, um ativo estratégico na movimentação do mercado criminal criado no mundo virtual e revela a conexão entre as diferentes modalidades de crimes patrimoniais, o que exige uma ação articulada entre diferentes corporações policiais e esferas de governo”, apontam os pesquisadores no estudo.