“Terrivelmente evangélico”, o ministro do STF André Mendonça reagiu à inclusão do pastor Silas Malafaia em um inquérito da Polícia Federal e procurou colegas da Corte e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Segundo fontes do Supremo, Mendonça ligou para Motta e para Gilmar Mendes, atual decano do STF, ainda na noite da quinta-feira (14/8), horas após a inclusão de Malafaia na investigação ser noticiada pela imprensa.
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Ministro André Mendonça em julgamento sobre regulação de redes
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O presidente da Câmara, Hugo Motta
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Ministro Gilmar Mendes
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Pastor Silas Malafaia em ato pró-Bolsonaro
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Nas conversas, de acordo com relatos, Mendonça argumentou que liberdade de expressão e religiosa não podem ser criminalizadas e alertou que o fato tende a jogar os evangélicos ainda mais contra o Supremo.
No caso do presidente da Câmara, o ministro do STF alertou ainda que a inclusão de Malafaia no inquérito pode fazer a bancada evangélica reagir o Congresso e elevar a pressão sobre Motta.
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A conversa de Mendonça com Motta e Gilmar foi revelada inicialmente pelo jornal O Globo e confirmada pela coluna. A coluna apurou que Mendonça também pretendia procurar o presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
Malafaia foi incluído como investigado em um inquérito que apura ação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no exterior em busca de sanções contra ministros do STF e outras autoridades brasileiras.
A investigação é relatada pelo ministro Alexandre de Moraes e tem ainda entre os investigados o ex-presidente Jair Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo, que tem atuado como braço direito de Eduardo nos EUA.
De acordo com aliados, Mendonça não procurou nem pretende buscar Moraes diretamente. Isso porque, embora sejam colegas de Supremo, os dois ministros não mantêm boa relação.