O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), garantiu que a tramitação da medida provisória (MP) que estabelece ações em resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos a exportações brasileiras terá prioridade no Congresso Nacional.
O pacote foi anunciado nessa quarta-feira (13/8), em uma cerimônia que contou com a presença dos chefes dos poderes Executivo e Legislativo. O plano, batizado de Brasil Soberano, prevê a criação de uma linha de crédito no valor de R$ 30 bilhões para os setores mais afetados pela sobretaxa, além do adiamento de impostos e a flexibilização de compras governamentais.
Leia também
-
Tarifaço: mercado teme que medidas de pacote se tornem permanentes
-
Plano de Lula contra tarifas tem lacunas e medidas sem efeito imediato
-
Tarifaço: Motta elogia e diz que MP transcende preferência ideológica
-
Oposição critica plano do governo Lula contra tarifaço: “Encenação”
Em entrevista à GloboNews, nesta quinta-feira (14/8), Hugo defendeu a harmonia entre os poderes para responder ao tarifaço e garantiu que o tema será prioritário nas Casas. O Congresso tem um prazo de até 120 dias para analisar o texto da MP.
“Essa matéria será, com certeza, uma prioridade no Congresso Nacional. Nós não vamos hesitar em estar em harmonia com os demais Poderes para defender a soberania nacional, defender aquilo que é importante, para proteger nossas indústrias, nossas empresas, nossos empregos, esse é o papel de todos aqueles que tem compromisso com o Brasil, longe de qualquer preferência política ou ideológica”, ressaltou.
Impacto
O Plano Brasil Soberano prevê impacto de R$ 9,5 bilhões nas contas públicas. Durante o anúncio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o Brasil está disposto a manter as negociações com os Estados Unidos, mas reforçou que a soberania do país não está em discussão.
O governo estima que 36% das exportações brasileiras serão sobretaxadas em 50% para entrar nos EUA, segundo o vice-presidente e ministro Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB).