Deputados da oposição já se preparam para reagir a um eventual revés no acordo com caciques do Centrão para votar a PEC do fim do foro privilegiado e, depois, a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro.
Nos bastidores, deputados do PL de Jair Bolsonaro prometem obstruir as votações no plenário, caso o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não paute a PEC do fim do foro nas próximas semanas.
5 imagens
Fechar modal.
1 de 5
Mesa Diretora da Câmara dos Deputados com movimentação de parlamentares
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto2 de 5
Oposição ocupou Mesa Diretora para impedir trabalhos da Câmara
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto3 de 5
Deputados na Mesa Diretora da Câmara
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto4 de 5
Câmara dos Deputados: plenário
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto5 de 5
Plenário Ulysses Guimarães, na Câmara dos Deputados
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
Bolsonaristas não descartam até mesmo uma nova ocupação da mesa do plenário da Câmara, apesar do risco de punições para os deputados que participaram da primeira invasão, na semana passada.
“Nenhuma medida está descartada”, disse à coluna, em reservado, uma das principais lideranças bolsonaristas na Câmara.
Leia também
-
O favorito de Motta para ser o relator da CPI do INSS
-
O que um deputado do PL conversou com Moraes no STF
-
Planalto vê um motivo para críticas recentes de Tarcísio a Lula
-
Incomodado, Bolsonaro quer aprovar visitas antes de pedidos ao STF
Atraso acordado
Inicialmente, a oposição esperava que a PEC do fim do foro fosse votada já nesta semana. Após pedidos de partidos de centro e da esquerda, contudo, o presidente da Câmara optou por não pautar a proposta.
O pedido de adiamento foi feito na reunião de líderes da terça-feira (12/8). Como noticiou a coluna, o líder do PSD, Antonio Brito (BA), puxou o coro e pediu para ver o texto atualizado da PEC antes de apoiar ou não a votação.
Sob reserva, lideranças bolsonaristas disseram não ter achado tão ruim o adiamento da votação da proposta em uma semana, na tentativa de se chegar a um texto consensual entre os partidos.
Lideranças de centro, entretanto, avaliam, nos bastidores, que a votação da PEC do fim do foro será complicada, em especial pela complexidade do tema dentro das próprias bancadas.
Apesar do desejo do Centrão em retirar investigações relacionadas às emendas parlamentares das mãos do STF, há um receio de que a situação possa piorar ainda mais quando analisada por juízes de primeira instância.