O papa Leão XIV pediu que países deponham suas armas, em especial aquelas “capazes de causar catástrofes”, como as nucleares. O pedido do líder da Igreja Católica aconteceu nesta terça-feira (5/8), dia que marca o 80º aniversário do bombardeio atômico dos Estados Unidos a Hiroshima e Nagasaki.
Para o pontífice, armas nucleares como as que dizimaram as duas cidades do Japão, no fim da Segunda Guerra Mundial,“ofendem a nossa comum humanidade e traem a dignidade da criação, cuja harmonia somos chamados a proteger”.
Em carta endereçada ao bispo de Hiroshima, dom Alexis Mitsuru Shirahama, Leão XIV ainda expressou “respeito e afeto” pelos sobreviventes do ataque norte-americano, no fim da Segunda Guerra Mundial.
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As duas cidades japonesas foram classificadas pelo papa como “símbolos de memória” em um momento de “crescente tensão e conflito global”.
Ameaça nuclear
Apesar dos apelos de Leão XIV, os gastos das nove potências nucleares do mundo com armas de destruição em massa ultrapassaram os US$ 100 bilhões no último ano. Um gasto de US$ 190 mil por minuto, segundo o último relatório da Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (ICAN).
O recente cenário fez com que a Organização das Nações Unidas (ONU) alertasse, ainda em 2023, que o risco de um conflito nuclear é o maior desde o período da Guerra Fria.
No último fim de semana, Donald Trump realizou um movimento visto por especialistas como arriscado, e posicionou submarinos nucleares norte-americanos próximos à Rússia. A medida, de acordo com o líder dos Estados Unidos, é uma resposta a ameaças publicadas nas redes sociais por Dmitry Medvedev, ex-presidente da Rússia e atual membro do Conselho de Segurança do país.