A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) deflagrou, nesta quinta-feira (21/8), uma megaoperação para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias e lavagem de dinheiro.
A ação, coordenada pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) em conjunto com o Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), cumpre 40 mandados de busca e apreensão e determina bloqueio de R$ 6 milhões em valores, além do sequestro de bens móveis e imóveis ligados ao esquema.
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A ofensiva ocorre simultaneamente na capital fluminense e municípios da Região Metropolitana do Rio, além de São Paulo e Ceará, com apoio das polícias civis locais.
Três frentes criminosas
As investigações apontaram que a quadrilha operava de forma estruturada, com células voltadas para diferentes modalidades de fraude.
Fraudes bancárias com cheques: a primeira célula atuava diretamente em agências bancárias. Usando documentos falsificados com dados de empresas legítimas, os criminosos solicitavam talões de cheques emergenciais. Esses cheques eram usados em operações fraudulentas, gerando débitos milionários e prejuízos tanto para instituições financeiras quanto para empresas lesadas.
Invasão de celulares e aplicativos: outra frente da organização era responsável por invadir dispositivos eletrônicos. Os criminosos utilizavam celulares roubados ou furtados, que eram levados a áreas dominadas pela facção Comando Vermelho (CV) para desbloqueio. A partir daí, acessavam aplicativos bancários e realizavam transferências ilícitas para contas controladas pelo grupo.
Boletos falsos: a terceira modalidade consistia na criação de boletos falsos. As vítimas acreditavam que estavam quitando obrigações legítimas, mas os pagamentos eram desviados para contas vinculadas à organização criminosa, abastecendo o esquema de lavagem de dinheiro.
Estrutura e antecedentes
De acordo com a Polícia Civil, o grupo criminoso demonstra alto grau de sofisticação e era sustentado por práticas reiteradas de fraude e dissimulação de ativos ilícitos.
As investigações revelaram ainda que os principais integrantes possuem antecedentes por estelionato, receptação e outros crimes patrimoniais, evidenciando a migração de criminosos já experientes para esquemas mais modernos de fraude financeira.