Pesquisas recentes reforçam cada dia mais uma teoria que intriga a ciência e anima quem busca emagrecer: o equilíbrio da microbiota intestinal — o conjunto de trilhões de bactérias que vivem no intestino — pode influenciar diretamente o peso corporal. E a alimentação tem papel central nesse processo.
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Certas matérias-primas favorecem o crescimento de bactérias “boas”, capazes de melhorar o metabolismo, reduzir inflamações e até controlar o apetite. Essas bactérias produzem substâncias que comunicam com o cérebro e regulam funções essenciais ao emagrecimento.
O que comer?
Alimentos ricos em fibras, como vegetais, frutas, grãos integrais e leguminosas, são os principais aliados. Eles servem de “reserva” para as bactérias benéficas, estimulando sua multiplicação. Probióticos, encontrados em iogurtes naturais, kefir e kombuchas, também ajudam a reforçar a flora intestinal.
Outro destaque vai para os chamados prebióticos — compostos presentes em alimentos como alho, cebola, banana verde e aspargos — que servem como combustível para as bactérias do bem. Já ultraprocessados, açúcar refinado e excesso de gordura saturada tendem a desestabilizar essa microbiota, favorecendo micro-organismos associados à obesidade.
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As frutas vermelhas, como morango, amora, mirtilo e framboesa, também entram na lista de aliados. Ricas em fibras e antioxidantes, elas ajudam a modular a microbiota, além de combater inflamações e auxiliar no controle da glicemia, fatores diretamente ligados ao ganho ou à perda de peso.
Ainda não se trata de uma solução mágica, mas a ciência é clara: cuidar do intestino é uma estratégia poderosa e natural para quem busca perder peso com saúde.
(*) Juliana Andrade é nutricionista formada pela UnB e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Escreve sobre alimentação, saúde e estilo de vida