O Itamaraty adotará postura de cautela diante das novas ameaças do governo Trump de sancionar o Brasil, após a condenação de Jair Bolsonaro (PL) pela Primeira Turma do STF por crimes contra a democracia.
Segundo diplomatas ouvidos pela coluna sob reserva, não há necessidade de nova resposta à ameaça pois o governo brasileiro já respondeu aos EUA no dia do julgamento de Bolsonaro com uma nota oficial.
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Um embaixador que integra a cúpula do Itamaraty cita ainda o artigo que o presidente Lula publicou no jornal New York Times, no domingo (14/9), reforçando o posicionamento do Brasil.
“Reflete nossa posição em favor de soluções negociadas para as questões comerciais”, disse essa fonte à coluna.
Nesse cenário, a estratégia do Ministério das Relações Exteriores seria só responder ao governo americano após o anúncio oficial das sanções pelo Departamento de Estado dos EUA.
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A ameaça de novas sanções
Como o Metrópoles mostrou, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse que o país irá responder “na próxima semana ou algo assim” à condenação de Bolsonaro.
Em entrevista ao canal norte-americano Fox News veiculada nesta segunda-feira (15/9), Rubio afirmou, ainda, que “o Estado de Direito está se desintegrando” após a decisão do STF.
“Temos esses juízes ativistas – um em particular – que não só perseguiu Bolsonaro, aliás, ele tentou – ele tentou realizar reivindicações extraterritoriais contra cidadãos americanos ou contra alguém que postasse online de dentro dos Estados Unidos, e até ameaçou ir ainda mais longe nesse sentido. Portanto, haverá uma resposta dos EUA a isso”, declarou o secretário.