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    Aliado diz que ataque de Tarcísio ao STF foi “pontual” e explica estratégia

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    A postura agressiva do governador de São Paulo contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) não deve se repetir tão cedo, de acordo com aliados de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

    Para uma fonte do Palácio dos Bandeirantes, o ataque foi visto como pontual e gerado pelo momento político – isto é, a proximidade com o fim da ação penal contra Jair Bolsonaro (PL).

    Nas últimas semanas, o governador de São Paulo foi a Brasília articular por um projeto de lei que dê anistia ao ex-presidente e prometeu, caso concorra à Presidência e seja eleito, conceder indulto a Bolsonaro.

    “Tarcísio consolidou no palanque o que falou nos bastidores do Congresso”, disse o interlocutor. “Ele apanhava dos dois lados. Agora, resolveu apanhar de um lado só”, acrescentou.

    Durante o ato bolsonarista no último domingo (7/9), Tarcísio disse que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Alexandre de Moraes” e, indiretamente, comparou a postura de Moraes a de um ditador.

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    “Tenho certeza que a gente vai fazer justiça por Bolsonaro, que a gente vai ver Bolsonaro disputando eleição. Tenho certeza que os presos políticos vão ser libertos. Porque o bem vai vencer o mal. Não vamos mais aceitar que nenhum ditador diga o que a gente tem que fazer”, disse o governador na manifestação na Avenida Paulista.

    10 imagensManifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair BolsonaroManifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair BolsonaroManifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair BolsonaroManifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair BolsonaroManifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair BolsonaroFechar modal.1 de 10

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    Tarcísio é alvo de críticas de uma ala do bolsonarismo. O pastor Silas Malafaia já atacou o ex-governador em entrevistas à imprensa e em conversas com o ex-presidente reveladas em relatório da Polícia Federal (PF) sobre obstrução de Justiça do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) – críticas do parlamentar a Tarcísio, em conversas com seu pai, também foram reveladas.

    Por outro lado, o governador de São Paulo também é criticado pelo Centrão e, após o tarifaço anunciado por Donald Trump, por integrantes do mercado financeiro, que eram simpáticos à uma candidatura de Tarcísio para a Presidência em 2026.

    Articulação pela anistia

    Tarcísio se reuniu, em São Paulo e em Brasília, com presidentes de partidos e parlamentares para articular um projeto que conceda anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Na visão de aliados, ao contrário dos ataques a Moraes, essa pauta deve ser mantida pelo governador de São Paulo porque é vista como um movimento de distensionamento e pacificação do país.

    Em meio à articulação pela anistia, os presidentes do União Brasil, Antonio Rueda, e do Progressistas, Ciro Nogueira, deram um mês para os ministros do Turismo, Celso Sabino (União), e dos Esportes, André Fufuca (PP), desembarcarem do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dois partidos anunciaram há pouco a federação.

    Para um deputado da bancada do Progressistas em São Paulo, a articulação pela anistia é um acerto de Tarcísio, enquanto o ataque a Moraes foi uma “infelicidade”, que logo será esquecida.

    “Foi um deslize porque não combina com as características dele. Hoje, ele pode ganhar de Lula porque é moderado”, diz o deputado Maurício Neves, presidente do diretório paulista do PP.

    Em pesquisa AtlasIntel com eleitores de São Paulo divulgada na segunda-feira (8/9), Tarcísio aparece com 38% das intenções de voto, enquanto Lula teria 34%. O levantamento, feito por meio de recrutamento digital, ouviu 2.059 pessoas ao questionário. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. As entrevistas foram feitas entre 29 de agosto e 3 de setembro.