Apoiadores fazem uma vigília na portaria do condomínio onde reside o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, na noite desta quinta-feira (11/9), em solidariedade ao ex-chefe da nação. Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (11/9) a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes.
No local, há um carro de som. Homens e mulheres chegam vestidos, a maioria deles, com roupas nas cores verde e amarela. Muitos estão enrolados na bandeira do Brasil e dos Estados Unidos. Durante a vigília, eles fazem clamores por Bolsonaro. Cânticos cristãos e hinos em referência a símbolos nacionais também são entoados entre uma oração e outra.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar onde reside, no condomínio Solar de Brasília, localizado no bairro Jardim Botânico, em Brasília. A medida restritiva de liberdade foi imposta pelo ministro do STF Alexandre de Moraes sob o argumento de que Bolsonaro descumpriu medidas cautaleres determinadas pelo próprio magistrado.
Além de populares, está no local o líder do PL na Câmara, deputado federal Sóstenes Cavalcante (RJ). Ele tem sido um dos defensores de uma anistia ampla e irrestrita para os envolvidos no golpe de Estado, incluindo o ex-presidente.
A vigília é realizada justamente após o STF condenar Bolsonaro, pelo placar de quatro a um, pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado. A pena aplicada a Bolsonaro pela trama golpista é de 27 anos e 3 meses de prisão, em regime inicialmente fechado.
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Outros condenados
A condenação de Bolsonaro foi feita no âmbito da Ação Penal 2.668, que trata do núcleo crucial da trama golpista. Neste grupo estão outros sete réus. São eles: Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, general e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa; e Walter Braga Netto, general e ex-ministro da Casa Civil.