As sessões da Câmara dos Deputados durante a última semana do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) serão semi-presenciais. A medida foi anunciada pela Secretaria-Geral da Mesa Diretora nesta quinta-feira (4/9).
A medida se dá em meio às articulações para pautar a anistia aos presos pelo 8 de Janeiro e ao Bolsonaro. A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) irá decidir se condena o ex-presidente e outros 7 réus do chamado “núcleo crucial” por tentativa de golpe até dia 12 de setembro.
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Na prática, a medida esvazia a Câmara, já que os parlamentares poderão registrar presença e votar de qualquer lugar, o que pode oferecer um cenário mais tranquilo para os trabalhos legislativos, que foram cooptados pela discussão da anistia. O Senado adotou uma estratégia semelhante na última semana, depois do presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) adotar o modelo híbrido.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deverá se reunir na próxima semana para determinar a pauta da Casa sob pressão da oposição para levar ao plenário urgência do texto que pretende perdoar Bolsonaro.
Mais cedo, Motta disse que ainda não há definições sobre o projeto e que está ouvindo oposição e a base do governo Lula a respeito da anistia. O presidente da Câmara deverá se reunir ainda nesta quinta-feira com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ). A expectativa é que o deputado paraibano apresente um cronograma de votação.