O dólar operava em alta na manhã desta sexta-feira (19/9), na última sessão da semana, em um dia mais esvaziado na agenda econômica e com as atenções do mercado financeiro voltadas para uma conversa entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping.
Os líderes das duas maiores economias do mundo terão uma reunião, por videoconferência, em que podem sacramentar a transferência da propriedade do aplicativo de vídeos curtos TikTok para controladores norte-americanos.
Dólar
- Às 9h14, a moeda norte-americana avançava 0,25% e era negociada a R$ 5,333.
- No dia anterior, o dólar encerrou a sessão em alta de 0,33%, cotado a R$ 5,3189.
- Com o resultado, a moeda dos EUA acumula perdas de 1,9% em setembro e de 13,93% em 2025 frente ao real.
Ibovespa
- As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam às 10 horas.
- Na véspera o indicador fechou o pregão em leve baixa de 0,06%, aos 145,4 mil pontos, praticamente estável, depois de ter batido sucessivos recordes ao longo da semana.
- Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula ganhos de 2,88% no mês e de 20,96% no ano.
Trump, Xi e o TikTok
Segundo Pequim, o acordo com os EUA envolvendo o TikTok é uma espécie de “ganha-ganha”, por meio do qual os dois lados saem beneficiados. O acerto entre as duas maiores economias do mundo foi anunciado nesta semana por Trump e pelo secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent.
“A China alcançou o consenso relevante com os EUA sobre a questão do TikTok porque se baseia nos princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha”, informou o jornal oficial Diário do Povo, reproduzindo mensagem do regime chinês.
“A China revisará as questões relacionadas às exportações de tecnologia e ao licenciamento de propriedade intelectual do TikTok de acordo com a lei”, diz o comunicado oficial.
De acordo com informações preliminares, o acordo deve transferir os ativos do TikTok nos EUA, que atualmente pertencem à empresa chinesa ByteDance, para controladores norte-americanos.
O esboço do acordo é semelhante ao que já havia sido anunciado no início do ano, mas a proposta acabou engavetada depois que o governo Trump impôs o tarifaço comercial sobre diversos produtos exportados pela China aos EUA.
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O prazo para que o acordo seja fechado, que se encerraria na última quarta-feira (17/9), foi novamente prorrogado por Trump, por mais 90 dias, até 16 de dezembro.
“Vou conversar com o presidente Xi para ver se conseguimos finalizar algo sobre o TikTok, porque ele tem um valor tremendo. Eu odeio revelar o valor, mas eu gosto do TikTok”, disse Trump em entrevista coletiva na quinta-feira (18/09), em Londres, na Inglaterra, ao lado do primeiro-ministro britânico Keir Starmer.
Guerra comercial e chips
De acordo com a rede ABC, os dois líderes também podem agendar um encontro pessoal para encerrar a guerra comercial. Será a segunda ligação com Jinping desde que Trump retornou à Casa Branca e impôs tarifas altíssimas à China.
Trump expressou disposição para negociar acordos comerciais com Pequim, o que inclui o acesso da fabricante de chips Nvidia. “Estamos muito perto de fechar acordos sobre tudo isso. E meu relacionamento com a China é muito bom.”
O regulador da internet chinês proibiu as maiores empresas de tecnologia do país de comprar chips de inteligência artificial da Nvidia, de modo a intensificar esforços para fortalecer sua indústria doméstica e competir com os EUA.
Juros na China
Ainda nesta sexta-feira, os investidores repercutem decisões de política monetária na Ásia.
O Banco do Japão (BOJ), o Banco Central do país, manteve a taxa básica de juros em 0,5%, dentro do esperado pelos analistas do mercado.
No fim da noite (pelo horário de Brasília), será a vez do Banco Popular da China (o BC chinês) anunciar as taxas de juros do gigante asiático.