Ministro do Turismo na gestão de Jair Bolsonaro (PL), o “sanfoneiro” Gilson Machado (PL) disparou um vídeo em que defende a bandeira dos Estados Unidos erguida sobre os manifestantes no último ato bolsonarista em São Paulo.
A bandeira, erguida no Dia da Independência do Brasil, foi criticada pelo pastor Silas Malafaia, principal organizador do ato. Ao Metrópoles, ele disse que não sabia da bandeira na manifestação, que vai proibir bandeiras do tipo nos próximos atos e que não sabe quem foi o responsável por erguer o símbolo americano no ato bolsonarista.
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Bolsonaristas levam bandeira gigante dos EUA à Paulista
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Manifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair Bolsonaro
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Michelle Bolsonaro se emociona e chora em ato na Avenida Paulista
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Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes em manifestação na Paulista
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Romeu Zema na Avenida Paulista
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Deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-AL)
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“Nas próximas manifestações que eu coordenar, não vai ter nenhuma bandeira americana estendida na plateia. Eu, sinceramente, não sei se foram bolsonaristas desavisados ou esquerda infiltrada para tentar desmoralizar o evento. Um absurdo. Aquilo foi um absurdo”, disse Malafaia à coluna Igor Gadelha.
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Gilson Machado comparou a bandeira dos Estados Unidos estendida no ato bolsonarista a bandeiras da Palestina em manifestações da esquerda e disse que em manifestações da esquerda, “sempre teve bandeira do Hamas”. O ex-ministro ainda defendeu o papel dos americanos para conter a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
“Nos movimentos da esquerda sempre teve bandeira do Hamas, da Palestina. Estados Unidos sempre foi um aliado histórico do Brasil, não é de hoje”, disse. “Você já pensou se os Estados Unidos não tivessem se juntado a nós? Foi o nosso aliado mais forte dos aliados e nós tivéssemos ganho a guerra. A gente tava tudo [sic] falando alemão”, acrescentou.
Nas redes sociais, tem circulado uma foto do ato de esquerda na Praça da República, com a bandeira do Brasil, e da manifestação de aliados de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, com a bandeira dos Estados Unidos.
Em um dos áudios interceptados pela Polícia Federal (PF) na investigação de obstrução de Justiça do deputado federal Eduardo Bolsonaro, Malafaia já havia criticado o parlamentar, que vive nos Estados Unidos desde 27 de fevereiro, e atuou para o governo de Donald Trump taxar em 50%, sobre os produtos brasileiros. Para o pastor, o filho “zero três” do ex-presidente entregou “a Lula e à esquerda” o “discurso nacionalista”.
“Esse seu filho Eduardo é um babaca inexperiente, que está dando a Lula e à esquerda o discurso nacionalista e ao mesmo tempo te ferrando. Um estúpido de marca maior. Estou indignado! Só não faço um vídeo e arrebento com ele por consideração a você”, disse o pastor em áudio enviado ao ex-presidente Bolsonaro em 11/7.
