O governo Lula nomeou para um novo cargo no Executivo o general da reserva Richard Fernandez Nunes, citado em 2024 pela Polícia Federal em relatório sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSol).
O general, que deixou o posto de chefe do Estado-Maior do Exército e foi para a reserva em julho, assumirá como diretor-geral do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, do Ministério da Defesa.
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General Richard Nunes: “Como secretário de Segurança, eu não tinha ingerência na investigação da polícia”
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O chefe do Estado-Maior do Exército, general Richard Fernandez Nunes
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Rivaldo Barbosa e Richard Nunes
Fernando Frazão/Agência Brasil; Divulgaçao
Segundo relatório da Polícia Federal, Nunes bancou a nomeação do delegado Rivaldo Barbosa para a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro em 2018, quando o militar chefiava a Secretaria de Segurança Pública fluminense.
De acordo com a PF, o general fez a indicação contrariando o setor de inteligência da polícia, que era contrário ao nome do delegado. O relatório, porém, não aponta que Nunes soubesse do envolvimento de Barbosa com o crime.
Atuação anti-golpista
O nome de Nunes também aparece em outro relatório da PF, desta vez de forma positiva. O general foi um dos militares que, segundo a corporação, foram pressionados a aderir à tentativa de golpe em 2022, mas resistiram.
No documento, Nunes aparece entre os militares que recusaram a aderir ao suposto movimento para cancelar o resultado das eleições de 2022, do qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é apontado como mandante.
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O nome do general também teria sido citado pelo influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo como um dos militares “melancias” — verde por fora, mas vermelho por dentro — que estaria do lado contrário ao de Bolsonaro.