A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) discursou em meio a lágrimas na Avenida Paulista. Ela começou a chorar no discurso do pastor Silas Malafaia, que a antecedeu na lista de oradores da manifestação bolsonarista que ocorre neste domingo (7/9), em São Paulo. No discurso, ela pediu desculpas pelo choro e disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está “amordaçado em casa”.
“Hoje eu choro, eu não queria estar chorando. Mas está pesado demais. Está muito pesado, é muita maldade que estão fazendo com a gente”, disse a ex-primeira-dama. “Quem era para estar aqui era o meu marido, que hoje está amordaçado dentro de casa”, acrescentou Michelle ao se desculpar pela voz embargada e a dificuldade de discursar pelo choro.
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A ex-primeira-dama foi a atração principal da manifestação que acontece na Avenida Paulista. Última a discursar, ela foi recebida pelos manifestantes com gritos de “força, Michelle”. No palco, ela relatou as dificuldades da sua vida particular, com a prisão domiciliar do ex-presidente.
“Eu estou tendo que me desdobrar como mãe, como esposa, como presidente do PL, mas antes de tudo como amiga para poder cuidar dele, para que ele fique bem. Cuido da alimentação, oro. Trago à memória dele que ele é o maior líder da direita de uma nação”, afirmou a ex-primeira-dama.
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Silas Malafaia canta o hino nacional na Avenida Paulista
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O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-candidato à Presidência do PRTB Padre Kelmon, na Avenida Paulista.
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Tarcísio de Freitas na Avenida Paulista
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Deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-AL)
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Romeu Zema na Avenida Paulista
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Tarcísio de Freitas na Avenida Paulista
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Michelle Bolsonaro chega a manifestação na Avenida Paulista
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Michelle Bolsonaro chega a manifestação na Avenida Paulista
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O presidente do PL, Valdemar Costa Neto
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Valdemar Costa Neto chega a ato na Avenida Paulista
FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES @fabiovieirafotorua
Michelle ainda lembrou do ato de 7 de setembro de 2022, em Brasília. Na ocasião, o desfile cívico em Brasília se tornou um grande ato político de apoiadores do ex-presidente.
“Não tem como não lembrar o 7 de setembro de 2022, onde mais de 1 milhão de pessoas de bens estavam em Brasília para ouvir Jair Messias Bolsonaro falar e hoje ele não pode falar. Ele gostaria muito de estar aqui com vocês ou até mesmo de entrar por vídeo chamada porque as nossas liberdades foram cerceadas”, disse Michelle.
Quarto ato do ano na Paulista
Este é quarto ato bolsonarista do ano na Avenida Paulista e o segundo sem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em junho, diante da ausência de seu padrinho político, Tarcísio faltou à manifestação. Agora, o governador de São Paulo assume o protagonismo político do ato.
Em junho, o ex-presidente não pôde ir às ruas devido a medidas cautelares impostas contra ele por Moraes. A aparição de Bolsonaro nos atos, por meio de chamada telefônica, custou-lhe a decretação de prisão domiciliar. Enquanto isso, Tarcísio estava no Hospital Albert Einstein, na zona oeste de São Paulo, para um procedimento na tireóide. A ausência foi criticada pelo “núcleo duro” bolsonarista, incluindo Malafaia.
Nas últimas semanas, porém, Tarcísio se impôs na articulação sobre a anistia a Jair Bolsonaro. Ele se reuniu com deputados, líderes partidários e fez incursões à Brasília para mobilizar o projeto de lei.
Os movimentos do governador de São Paulo reduziram as fricções com o bolsonarismo e Tarcísio foi incentivado publicamente até pelo filho “03” do ex-presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), desafeto do govenador, cujas críticas a Tarcísio ficaram evidentes no relatório da Polícia Federal (PF) que divulgou as mensagens trocadas entre Eduardo e Jair Bolsonaro.
Públicos de atos na Paulista
O “Monitor do Debate Político” da Universidade de São Paulo (USP) mede o tamanho do público de todas as manifestações bolsonaristas na Avenida Paulista. Desde que saiu do poder, Bolsonaro foi defendido por apoiadores em seis atos, em São Paulo.
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