Parlamentares petistas têm ignorado a sessão da Comissão de Segurança Pública do Senado que ouve Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro do STF Alexandre de Moraes, ao longo da terça-feira (2/9).
Comandada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a sessão tem sido usada pela oposição como uma tentativa de contraponto ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro na Primeira Turma do STF.
3 imagens
Fechar modal.
1 de 3
Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Moraes no TSE, demitido em 2023
Reprodução2 de 3
Alexandre de Moraes é o relator da ação penal contra Bolsonaro por golpe de Estado
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto3 de 3
Sessão da Comissão de Segurança Pública do Senado
Saulo Cruz/Agência Senado
Até por volta das 14h da terça-feira, nenhum dos senadores governistas que são membros titulares ou suplentes da Comissão de Segurança Pública registrou presença na audiência com Tagliaferro.
Os únicos petistas que registraram presença na sessão foram dois senadores que não integram oficialmente o colegiado. São eles: Augusta Brito (CE) e Paulo Paim (RS).
Já do lado da oposição, até mesmo deputados bolsonaristas marcaram presença na sessão do Senado. Entre eles, os deputados Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, e Evair Vieira de Mello (PP-ES).
Leia também
-
Temos que dar condições para Motta pautar anistia, diz Valdemar
-
Valdemar, Ciro e Rueda debatem anistia durante julgamento de Bolsonaro
-
Sem Bolsonaro, direita desiste de assistir a julgamento in loco no STF
-
O que ministros de Lula esperam sobre Fux no julgamento de Bolsonaro
Como mostrou a coluna, parlamentares bolsonaristas chegaram a pedir para o STF para acompanhar, in loco, o julgamento de Bolsonaro in loco. Contudo, desistiram de ir após o ex-presidente decidir não comparecer.
Deputados governistas, porém, fizeram questão de ir ao Supremo acompanhar o julgamento. Entre eles, Lindbergh Farias (PT-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ).
Sessão com Tagliaferro
O requerimento para ouvir Tagliaferro foi apresentado pelo senador Magno Malta (PL-ES), na esteira da divulgação dos relatórios chamados de “Arquivos do 8 de Janeiro”, do jornalista norte-americano Michael Shellenberger.
Tagliaferro atuou como chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE. Em 23 de agosto, ele foi denunciado pela PGR pelo vazamento de diálogos que manteve com assessores dos tribunais.
Atualmente morando na Itália, Tagliaferro foi alvo de um pedido de extradição do ministro Alexandre de Moraes. Na segunda-feira (25/8), o Ministério das Relações Exteriores enviou a solicitação ao país europeu.