Integrantes do Palácio do Planalto já calculam o impacto do voto do ministro do STF Luiz Fux pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na pressão pela anistia no Congresso Nacional.
Auxiliares do presidente Lula admitem, nos bastidores, que o voto do magistrado fortaleceu e “deu um gás” aos deputados bolsonaristas na ofensiva para votar o projeto da anistia ao 8 de Janeiro.
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Ministro Luiz Fux, do STF
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Ministro Luiz Fux, do STF
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Ministro Luiz Fux, do STF
Victor Piemonte/STF
A avaliação de assessores palacianos é de que os parlamentares vão usar os argumentos de Fux para pressionar especialmente o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar a anistia na próxima semana.
Em seu voto, Fux acatar algumas preliminares das defesas. Entre elas, as que reconheciam a “incompetência absoluta” do STF para julgar os réus e o cerceamento das defesas por dificuldade de acesso às provas.
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Embora reconheçam que a posição de Fux deve pressionar pela anistia, integrantes do Planalto preveem que o voto do ministro não deve interferir no resultado final do julgamento e que Bolsonaro deve ser condenado pelo STF.
Planalto aposta em Alcolumbre
Com a pressão pela anistia, auxiliares de Lula apostam no presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para barrar o projeto. Segundo assessores do petista, o senador nunca demostrou “simpatia” pela proposta.
O próprio presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o governista Otto Alencar (PSD-BA), disse à coluna que não pretende pautar a anistia no colegiado.
“Não vou pautar na CCJ o que não está escrito na Constituição”, disse.