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    Presidente do PT chama Trump de “o maior líder fascista do século 21”

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    O presidente nacional do PT, Edinho Silva, chamou o presidente norte-americano, Donald Trump, de o “maior líder fascista do século 21” durante ato em defesa da soberania realizado nesta segunda-feira (15/9) em São Paulo.

    Para o petista, a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos de prisão por tentativa de golpe representou uma “vitória inquestionável” para o estado democrático de direito, mas ponderou que o maior inimigo ainda a ser vencido é o fascismo.

    “O fascismo está em ascensão no mundo, o fascismo está em ascensão no Brasil. O Trump é o maior líder fascista do século 21. Não podemos ter receio dessa caracterização, tampouco de fazer um paralelo daquilo que antecedeu a Segunda Guerra Mundial”, afirmou o presidente do PT.

    A declaração ocorreu no ato público organizado pelo grupo Direitos Já pela Democracia, surgido em 2019 após a vitória de Jair Bolsonaro à Presidência da República.  O encontro ocorreu no Teatro Tuca, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), na zona oeste de São Paulo.

    Neste ano, o tema do encontro foi  “Em Defesa da Democracia e da Soberania Nacional”. O evento reuniu lideranças políticas de diferentes partidos, além representantes da sociedade civil, artistas, intelectuais, juristas, magistrados e líderes religiosos.

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    O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT), foram as autoridades que representaram o governo federal no ato.

    O evento também contou com a presença de representantes de partidos como PSol, PDT, MDB, Solidariedade, PV, PSB, PCdoB e PSDB. Este último foi representado pelo ex-deputado José Aníbal e pelo ex-ministro da Casa Civil de Fernando Henrique Cardoso, Clóvis Carvalho.

    Além da defesa da soberania nacional e exaltações à condenação de Bolsonaro no STF, a tônica dos discursos foi a necessidade de o chamado campo democrático fazer frente à estratégia do bolsonarismo de alcançar maioria no Senado.

    “Vamos mudar o Congresso Nacional em 2026”, afirmou o ex-ministro José Dirceu (PT), que deve se lançar candidato a deputado federal.

    De acordo com o coordenador do grupo Direitos Já, o sociólogo Fernando Guimarães, o campo democrático deve firmar um pacto para lançar apenas dois candidatos ao Senado por estado, como forma de evitar uma fragmentação da “frente ampla” que será montada para rivalizar com o bolsonarismo na disputa pelas cadeiras da Casa.

    Segundo a organização, o movimento manifesta “repúdio à tentativa de ingerência de lideranças estrangeiras nos assuntos internos do país – como o ataque ao Supremo Tribunal Federal por parte de setores internacionais aliados ao extremismo –, e convoca a sociedade brasileira à unidade nacional em defesa do Brasil, de sua democracia e de suas instituições republicanas”.

    “Em tempos de reconstrução institucional e crescentes ameaças globais à democracia, nossa missão é mobilizar vozes plurais em torno de princípios fundamentais: soberania popular, justiça social, desenvolvimento sustentável e autodeterminação dos povos”, afirmou o sociólogo Fernando Guimarães.