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    STF confirma decisão de Gilmar que liberou escola cívico-militar em SP

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    Por unanimidade, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) referendou, nessa sexta-feira (12/9), a decisão do ministro Gilmar Mendes que havia liberado a continuidade do programa Escola Cívico-Militar em São Paulo.

    Os ministros acompanharam o voto do decano que, em novembro de 2024, derrubou uma liminar no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) responsável por suspender o programa.

    Naquela época, Gilmar Mendes entendeu que o TJSP não tinha competência para legislar sobre o tema, porque o STF já julgava uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra o projeto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), e derrubou a liminar paulista.

    4 imagensGovernador Tarcísio de Freitas discursa durante cerimônia de lançamento da Frente Parlamentar das Escolas Cívico-MilitaresEscolas cívico-militares são criticadas por especialistasPrograma de escolas cívico-militares do governo federal foi  encerrado pelo governo Lula em 2023Fechar modal.1 de 4

    Tarcísio enviou projeto das escolas cívico-militares à Alesp em março de 2024

    Divulgação / Governo de SP2 de 4

    Governador Tarcísio de Freitas discursa durante cerimônia de lançamento da Frente Parlamentar das Escolas Cívico-Militares

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    Escolas cívico-militares são criticadas por especialistas

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    Programa de escolas cívico-militares do governo federal foi encerrado pelo governo Lula em 2023

    Governo de Goiás/Divulgação

    A decisão, contudo, precisava ser referendada pelos demais ministros da Corte, que finalizaram o julgamento sobre a liminar nesta semana. A votação foi adiada duas vezes após os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino pedirem vistas. Dino, o último a devolver o processo para a votação, acompanhou Gilmar, mas fez ressalvas em seu voto.

    O ministro concordou que cabe ao STF decidir sobre o tema para evitar possibilidade de decisões judiciais “díspares ou contraditórias” entre os tribunais. Ainda assim, destacou que o mérito da ação — ou seja, se o programa de militarização de Tarcísio é ou não inconstitucional — ainda deve ser votado.

    “Acompanho o voto do eminente relator, com a ressalva quanto ao mérito, a ser examinado posteriormente”, escreveu Dino.

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    Mesmo com a votação do STF sobre o caso, o programa de militarização da educação paulista continuará suspenso, por causa de outra ação envolvendo o projeto. Como mostrou o Metrópoles, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) atendeu a um pedido de parlamentares do PSol e suspendeu a contratação de policiais militares para o programa.

    Os psolistas alegam, entre outros argumentos, falta de informações e planejamento financeiro sobre os gastos do governo com o programa. A gestão Tarcísio recorreu, mas o TCE rejeitou os argumentos do governo paulista e manteve a suspensão da contratação.

    Sem poder contratar os policiais que atuarão como monitores na escola, a Secretaria de Educação diz que não tem como colocar o modelo em prática e suspendeu o início do programa. Essa é a quarta vez que o projeto é adiado.

    Os adiamentos da escola cívico-militar em SP