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Tenente-coronel condenado em caso Naja se aposenta e recebe R$ 648 mil

Tenente-coronel condenado em caso Naja se aposenta e recebe R$ 648 mil

Um tenente-coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) condenado em 1ª instância por fraude processual e corrupção de menores se aposentou e recebeu  R$ 648 mil, dos quais R$ 622 mil são referentes à licença-prêmio.

Clóvis Eduardo Condi foi condenado por participar do Caso Naja, em que um estudante medicina veterinária picado por uma cobra escancarou um esquema de tráfico internacional de animais exóticos e silvestres, segundo as investigações. Condi era padrasto de Pedro Henrique Krambeck, que criava a cobra de forma ilegal dentro do apartamento da família.

Em 2023, a 1ª Vara Criminal do Gama condenou Condi à prisão, em regime aberto, mas a pena foi convertida em prestação de serviços comunitários. Tanto a defesa quanto o Ministério Público do DF (MPDFT) recorreram e o caso segue em análise na 2ª instância.

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O policial e o bombeiro militar pode tirar seis meses de férias a cada 10 anos. Quando o benefício não é usufruído, acaba convertido em dinheiro, que é pago no ato da aposentadoria. Condi foi para a reserva da PMDF – o que equivale à aposentadoria militar – em julho deste ano. Por isso, recebeu R$ 622 mil além do salário. Veja:

Tenente-coronel condenado em caso Naja se aposenta e recebe R$ 622 mil

Relembre o caso

Veja imagens da Naja que era criada como animal de estimação por Pedro Henrique Krambeck:

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No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro

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Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia

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A Naja não é uma cobra típica do Brasil

Foto: Reprodução4 de 12

Zoológico de Brasília fez ensaio fotográfico com cobra que picou estudante

Ivan Mattos/Zoológico de Brasília/Reprodução 5 de 12

Brasil não tem soro para o animal

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A serpente não é natural de nenhum habitat brasileiro

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A Naja foi transferida para o Butantan, em SP

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No Zoo de Brasília, serpente ganhou espaço próprio para sua espécie

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Pedro Krambeck chegou a ser preso pela Polícia Civil do DF

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Na ocasião, ele estava no apartamento onde mora com a mãe e o padrasto, no Guará

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Caso Naja: entenda como funcionava a rede de tráfico de animais no DF

Em relação ao pagamento recebido por Condi, o Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) informou que o processo não transitou em julgado porque foi remetido em grau de recurso para o 2º grau. Sobre uma possível perda do cargo ou exclusão do quadro da PM, o Tribunal afirmou que é preciso procurar informações perante a Corregedoria da PMDF.

Procurada, a PMDF não se manifestou sobre o assunto. A defesa de Condi também não retornou. O espaço segue aberto.

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