Rio de Janeiro – As forças de segurança do Estado do Rio de Janeiro concederam, nesta quarta-feira (29/10), uma entrevista coletiva para detalhar os resultados da operação Contenção — considerada a ação policial mais letal da história do estado.
O secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, afirmou que a ofensiva contra o Comando Vermelho (CV) representa “o maior baque que a facção já tomou desde sua fundação”.
Leia também
-
PCERJ vai investigar quem retirou roupas de guerra e armas de corpos
-
Chefões do CV na mira: 64 mortos no Rio e o principal líder ainda está solto
-
O poder bélico do CV: de fuzis a drones, o arsenal que desafia o Estado
-
Território e dinheiro: por que o CV disputa a Penha e a Zona Oeste no Rio
“Chacina é a morte indiscriminada e ilegal de pessoas. Quem optou pelo confronto foi neutralizado”, reforçou Curi, rebatendo críticas sobre a letalidade da ação.



Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
A operação mobilizou cerca de 2,5 mil agentes civis e militares nos complexos do Alemão e da Penha e teve como foco a alta cúpula da facção, incluindo foragidos de outros estados escondidos no QG do CV.
Balanço oficial da operação
Segundo a Polícia Civil do RJ, o resultado final foi:
- 113 presos — sendo 33 lideranças do CV de outros estados
- 10 adolescentes apreendidos
- 118 armas de fogo apreendidas, incluindo:
- 91 fuzis, 26 pistolas e um revólver
- 14 artefatos explosivos
- Centenas de carregadores e munições
- Toneladas de drogas
- 119 mortos — incluindo 4 policiais
O secretário afirmou que o objetivo foi deslocar o confronto para áreas de mata para reduzir riscos à população, ainda que isso aumentasse o risco para as tropas: “O que encontramos ali não é mais segurança pública. É guerra. Polícia nenhuma no mundo faz o que as polícias do Rio fazem”, declarou Curi.
Quatro policiais mortos
Os quatro agentes que morreram durante a ofensiva foram identificados como:
- Marcus Vinicius Cardoso Carvalho, 51 anos — Polícia Civil
- Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos — Polícia Civil
- Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos — Bope
- Herbert Carvalho da Fonseca, 39 anos — Bope
Eles foram atingidos em diferentes pontos do cerco contra a facção.
Corpos levados para praça por moradores
A manhã após a operação foi marcada por revolta e comoção nos complexos. Na Vila Cruzeiro, moradores levaram ao menos 70 corpos para a Praça São Lucas para que familiares pudessem tentar reconhecer os mortos. Os cadáveres estavam em sacos pretos, enfileirados, cercados por parentes que choravam em busca de informações.
Comércios permaneceram fechados, as ruas ficaram praticamente vazias e o clima era de tensão na região nesta quarta.



megaoperaçãono Rio deixa mais de 64 mortos
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
cadáveres serão recolhidos
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
corpos enfileirados na Praça São Lucas
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles









