A Vale divulgou nessa quinta-feira (30/10), após o fechamento do mercado, seu balanço financeiro referente ao terceiro trimestre de 2025. De acordo com a companhia, o lucro líquido no período entre julho e setembro deste ano ficou em US$ 2,68 bilhões (o equivalente a R$ 14,4 bilhões, pela cotação atual).
O desempenho no terceiro trimestre deste ano representou um crescimento de 11% em relação ao mesmo período de 2024. Já na comparação trimestral, o lucro da Vale aumentou 27%.
O que o mercado esperava
O resultado da Vale entre julho e setembro de 2025 veio acima da média das estimativas dos analistas do mercado.
Segundo as projeções da LSEG, a companhia teria um lucro de US$ 2,1 bilhões no terceiro trimestre, com alta estimada em 13% em relação ao mesmo período do ano passado e de 20% na comparação trimestral.
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No trimestre anterior, a Vale havia registrado um lucro líquido de US$ 2,12 bilhões, uma queda de 24% em relação ao mesmo período de 2024 e abaixo das estimativas do mercado.
Receita
Ainda de acordo com o balanço divulgado pela Vale, a receita da mineradora foi de US$ 10,4 bilhões (cerca de R$ 55,6 bilhões) no terceiro trimestre.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou US$ 4,399 bilhões (R$ 23,6 bilhões), com alta anual de 17%.
Ambos os indicadores vieram acima das expectativas do mercado, que eram de US$ 10,3 bilhões e US$ 4,1 bilhões, respectivamente.
Dívidas
A Vale reportou, no terceiro trimestre deste ano, uma dívida líquida de US$ 16,6 bilhões (R$ 89,4 bilhões), com queda de US$ 0,8 bilhão em relação ao trimestre anterior.
O que diz a Vale
Para o presidente da companhia, Gustavo Pimenta, a Vale teve “mais um trimestre sólido” e um desempenho operacional “consistente”. Segundo o executivo, a produção de minério de ferro chegou ao maior nível em um trimestre desde 2018.
“Nosso portfólio flexível de minério de ferro, apoiado por uma cadeia de valor estendida, provou-se mais uma vez ser essencial para aprimorar nossa competitividade e resiliência ao longo dos ciclos de mercado”, afirmou Pimenta no comunicado que acompanhou o balanço.
Barragens
No informe sobre os resultados do terceiro trimestre, a Vale também divulgou uma atualização sobre a situação de suas barragens de rejeito. Atualmente, segundo a companhia, não há nenhuma barragem classificada no nível 3 de emergência.
De acordo com a mineradora, foi implementado, com sucesso, o Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM) em todas as suas barragens.
“Essa conquista significativa reforça o compromisso da companhia com a segurança das pessoas e comunidades, refletindo sua abordagem disciplinada na aplicação das melhores práticas de gestão de barragens”, afirmou a empresa.
Segundo a Vale, o Acordo de Reparação Integral de Brumadinho continua avançando e cerca de 79% dos compromissos acordados foram concluídos até o terceiro trimestre deste ano.
O programa de reparação da Samarco, informa a Vale, teve R$ 70 bilhões já desembolsados até o fim de setembro.
Até meados de outubro, a Vale contava com a adesão formal de mais de 327 mil pessoas e mais de 291 mil acordos firmados no Programa de Indenização Definitiva (PID).
O rompimento da barragem em Brumadinho (MG), que ocorreu no dia 25 de janeiro de 2019, foi um dos maiores desastres ambientais da mineração do país, causando a morte de 272 pessoas.
Já a tragédia do rompimento da barragem de Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015, matou 19 pessoas e despejou mais de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério no meio ambiente, contaminando a bacia do Rio Doce, em Minas Gerais e no Espírito Santo.

