MAIS

    Aeronave usada por ACM Neto expõe elo com executivo do Master preso

    Por

    O vice-presidente do União Brasil, ACM Neto (União- BA), e o prefeito de Salvador,  Bruno Reis (União -BA), usaram uma aeronave emprestada pelo ex-CEO do Banco Master, Augusto Lima, para cumprir uma agenda oficial no interior da Bahia dois dias antes de o executivo ser preso pela Polícia Federal.

    A operação também prendeu Daniel Vorcaro, dono do Master. Os dois são suspeitos de cometerem fraude bancária. O uso da aeronave expõe a relação de intimidade dos políticos baianos com Augusto Lima.

    O helicóptero levou os dois políticos para uma viagem à cidade Conceição do Coité, cerca de 200 quilômetros da capital baiana, para participar do Natal Luz.

    Pelas redes sociais, ACM Neto postou fotos ao lado de outros aliados que participaram da visita (imagem em destaque) – entre eles, o ex-ministro da Cidadania, João Roma, e o ex-deputado estadual, Cacá Leão. Neto é pré-candidato ao governo da Bahia.

    Procurados por meio da sua assessoria, ACM Neto e o prefeito de Salvador não responderam à reportagem. O espaço permanece aberto.

    Vorcaro do Master comprou R$ 258 milhões em aeronaves em 2 anos

    Como revelou a coluna, Daniel Vorcaro comprou três jatos pelo valor total de R$ 258 milhões em apenas dois anos e meio. As aquisições foram feitas entre fevereiro de 2022 e agosto deste ano. Nenhuma delas está alienada a bancos, o que indica que foram compradas e quitadas à vista, sem financiamento.

    Vorcaro foi detido na noite de segunda-feira (17/11) no aeroporto de Guarulhos (SP), enquanto tentava embarcar em um jatinho privado.

    Leia também

    Quem é Augusto Lima

    Ex-CEO do Master, Lima e é acusado de ser um dos operadores do esquema bilionário de criação de títulos de crédito sem lastro real, ou seja, sem uma garantia ou suporte financeiro que justifique o seu valor no mercado.

    Na casa dele, os investigadores encontraram pilhas de dinheiro.

    Lima também é o criador das associações (Asteba e Asseba) que teriam dado origem a essas operações fraudulentas. Além de ter sido preso preventivamente, o banqueiro teve seus bens bloqueados pela Polícia Federal.