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    Antes da COP30, Lula cobra ação global pela Amazônia: “Não é só pedir”

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    Em visita à comunidade do Jamaraquá neste domingo (2/11), no oeste do Pará, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a COP30 “é um momento único na história do Brasil” para mostrar a Amazônia ao mundo, mas cobrou uma ação global para investimentos econômicos, educacionais e sanitários para quem preserva.

    “A gente está obrigando o mundo a olhar a Amazônia com os olhos que devem olhar a Amazônia. Não é só pedir para a gente manter a floresta em pé. Não é só pedir para a gente manter a floresta em pé. É preciso dar sustentação econômica, educacional e de saúde para as pessoas que cuidam dessa floresta. Se elas não tiverem o que comer, não vão tomar conta de nada. Então essa é a nossa obrigação”, disse Lula.

    A comunidade reúne mais de mil famílias de extrativistas e ribeirinhos, na Floresta Nacional (Flona) do Tapajós.

    A agenda do presidente antecede a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), marcada para ocorrer no Brasil entre os dias 10 e 21 de novembro.

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    Mais cedo, Lula visitou a Aldeia Vista Alegre de Capixauã, na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns. Lá ele afirmou que a demarcação territorial de terras indígenas não “depende só do presidente da República”, mas que “a hora que chegar a mim veja, eu sei que a gente tem muita coisa para fazer.”

    O petista foi recebido na aldeia pela cacique Irenilce Kumaruara, que fez uma demanda de energia para 4.388 famílias, uma população de mais de 13 mil indígenas. O presidente se mostrou surpreso com a falta de energia na comunidade, mas disse que o governo trabalhará na demanda.

    Ainda segundo Lula, o governo irá anunciar até o dia 17 de novembro, em Brasília, a criação da Universidade dos Povos Indígenas. Apesar disso, o presidente não deu detalhes sobre o projeto.