O presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, afirmou neste domingo (2/11) que está disposto a se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração, dada pelo porta-voz do governo, ocorre um dia após Trump ter postado nas redes sociais que solicitou ao Pentágono que se preparasse para uma possível ação militar na Nigéria.
Na mesma publicação, o presidente ainda ameaçou interromper imediatamente toda assistência e ajuda humanitária ao país africano caso o governo nigeriano falhe em impedir o que descreve como homicídios em massa de cristãos por “terroristas islâmicos”.
Trump já havia declarado, nessa sexta-feira (31/10), que o cristianismo enfrenta uma “ameaça existencial” na Nigéria e classificado a nação como “País de Preocupação Particular” por violação da liberdade religiosa.
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Em resposta, o governo nigeriano declarou que recebe com bons olhos uma reunião entre Tinubu e Trump para discutir segurança e medidas de combate ao terrorismo, ressaltando que qualquer assistência externa precisa respeitar a soberania do país.
A presidência da Nigéria também destacou que a violência no país não é exclusivamente religiosa e que cidadãos de diferentes crenças têm sido vítimas de ataques de milícias e grupos armados, envolvendo disputas por terra e recursos naturais.
O país, que é o mais populoso da África, convive com múltiplos desafios de segurança interna, como a insurgência do grupo Boko Haram, conflitos entre agricultores e pastores, violência étnico‑religiosa e rivalidades regionais.
