O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) postou, neste domingo (16/11), foto de um encontro dele com o sheikh Khaled bin Hamad Al-Khalifa do Bahrein. A publicação foi feita justamente após o parlamentar se tornar réu na sexta-feira (14/11) pelo crime de coação pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na publicação deste domingo, Eduardo disse ser uma “satisfação” reencontrar o sheikh, a quem ele se refere como “amigo”.
“Satisfação imensa reencontrar meu amigo, Sheikh Khaled bin Hamad Al-Khalifa @khaled_hamad_alkhalifa , e fazer novas amizades no Oriente Médio”, escreveu em uma publicação no Instagram que está com várias fotos de Eduardo pelo país.
Em outro trecho, Eduardo escreveu que o sheikh tem uma energia diferente. “Algumas pessoas carregam uma energia diferente, humildade verdadeira, visão positiva e a capacidade de inspirar todos ao redor. Ele é uma delas.”
“Urgentíssima”
O Bahrein foi destino do parlamentar em 2022. Naquele ano, ele fez uma visita oficial de “poucas horas” ao país do Oriente Médio. A visita foi classificada à época como “urgentíssima” pelo diplomata Alberto Luiz Pinto Coelho Fonseca, então encarregado de negócios na recém-aberta embaixada brasileira em Manama, capital do país.
Ele também é autor da proposta de criação do grupo parlamentar Brasil-Bahrein. Trata-se de um país de grande riqueza petrolífera que mantém relações diplomáticas com o Brasil desde a década de 70, mas apenas em 2021 foi inaugurada a embaixada brasileira, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Réu
No entendimento de parte dos ministros da Primeira Corte do STF, onde o caso de Eduardo é julgado, o deputado atuou nos Estados Unidos para impor sanções ao Brasil e a autoridades brasileiras com o intuito de atrapalhar o andamento do processo que levou o pai dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), à condenação por golpe de Estado.
Eduardo está nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano em condição de autoexílio.
A denúncia contra Eduardo teve maioria formada por três dos cinco votos da Primeira Turma. O julgamento da denúncia permanece aberto até o próximo dia 25 no Plenário Virtual da Corte. Neste caso, os ministros apresentam os votos por escrito, ou seja, não há manifestação verbal. O caso é relatado pelo ministro Alexandre de Moraes.
