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    Caetano por Caetano: 6 ideias que moldam a mente do artista

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    Poucos artistas no Brasil geram tanto debate, reflexão e movimento quanto Caetano Veloso. Aos 83 anos, ele continua sendo uma figura capaz de influenciar gerações com a mesma intensidade de quando inaugurou o Tropicalismo em 1967. Um homem que pensa o país, a arte e o próprio tempo com lucidez rara. A seguir, seis ideias que revelam como Caetano enxerga o mundo — e como se mantém artisticamente inquieto.

    1. A política como pulsação cultural
    Em entrevista recente, Caetano contou como foi emocionante subir ao ato contra a anistia aos golpistas de 8 de janeiro ao lado de Chico Buarque e Paulinho da Viola. Para ele, a força não estava apenas nos artistas, mas “na energia harmônica daquela gente”. Caetano sempre foi cronista sensível da vida pública — ora sutil, ora incisivo — e acredita que a maturidade política do país depende da capacidade de mobilização e diálogo da sociedade.

    2. A atualidade de “Podres Poderes”
    Quarenta anos após lançada, a canção voltou aos holofotes. Caetano reconhece que não esperava tamanha longevidade, mas entende o porquê: “É uma música com vigor e temática social”. Para ele, algumas composições atravessam o tempo não por acaso, mas porque tocam em estruturas que o Brasil ainda tenta resolver.

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    3. Bethânia como força contínua
    Ao comentar os 60 anos de carreira da irmã, Caetano não economizou entusiasmo: “Assisti ao show e fiquei maravilhado. Assisti outras sete mil vezes.” A admiração que ele nutre por Bethânia revela o centro emocional da obra de ambos: uma música que é laço familiar, afeto histórico e ancestralidade.

    4. O Brasil possível
    Em uma era de polarização extrema, Caetano reafirma a fé em um país mais plural. “Temos de melhorar muita coisa para suportar a loucura do mundo”, diz. Não se trata de otimismo ingênuo, mas de um compromisso com a utopia — elemento central de seus discos, livros e posicionamentos.

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    5. O papel das novelas
    Caetano confessa que vê menos novelas do que antes, mas reconhece sua importância cultural: “Acho que é vital para projetar uma canção. Muita gente vê novela.” É uma visão de quem entende que a música brasileira se constrói também no cotidiano, nas casas, no popular.

    6. Inteligência artificial: fascínio e temor
    Caetano, que sempre foi vanguarda estética, reconhece o potencial criativo da tecnologia, mas não deixa de alertar para seus riscos éticos e humanos. “A IA me fascina um pouco e me amedronta muito.”

    A obra de Caetano é múltipla, generosa e profunda — e seu pensamento, tão vasto quanto sua discografia, segue iluminando parte essencial da identidade brasileira. E o público de Brasília vai poder presenciar isso no dia 11 de dezembro, no Ulysses Centro de Convenções, no Festival Estilo Brasil.

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    Programação

    Paralamas do Sucesso & Dado Villa Lobos
    Turnê: Celebrando 40 anos de Clássicos
    21 de novembro

    Caetano Veloso
    11 de dezembro

     Liniker
    14 de dezembro

    Festival Estilo Brasil

    Local: Ulysses Centro de Convenções
    Ingressos: Bilheteria Digital