Caminhar continua sendo, para quem passou dos 60, um dos exercícios mais completos e acessíveis. A personal trainer Débora Mirtes reforça que a caminhada melhora a circulação, turbina o condicionamento vascular, ajuda no controle do peso, aumenta a disposição e ainda faz bem para a saúde mental.
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“É uma atividade de baixo impacto, então o risco de lesão é menor. Isso facilita muito para quem está voltando a se mexer depois de anos parado”, explica.
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Mas, embora seja uma base importante, ela não entrega tudo o que o corpo passa a precisar com o avanço da idade. E é exatamente isso que um estudo da Universidade de Copenhague, publicado no American Journal of Phyisiology, confirma: o verdadeiro divisor de águas depois dos 60 é o treinamento de força.
O ato de caminhar pode trazer vários benefícios, mas fica melhor ainda se combinado com exercícios de força
Segundo os pesquisadores, os exercícios com pesos são capazes de fortalecer as conexões entre nervos e músculos — as chamadas junções neuromusculares. Essa ligação é fundamental para movimentos simples, como levantar da cadeira ou subir escadas, e também para manter o equilíbrio. “Com o tempo, essas conexões se enfraquecem, e é isso que abre caminho para a sarcopenia, quedas e perda de autonomia”, comenta Débora.
O estudo traz um ponto inédito. “Até agora, os pesquisadores não haviam conseguido demonstrar que o treinamento com pesos poderia fortalecer a conexão entre os neurônios motores e os músculos. Nosso estudo é o primeiro a apresentar resultados que sugerem que esse é de fato o caso”, afirma Casper Søndenbroe, um dos autores.
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Débora destaca que, para mulheres, o cenário exige ainda mais atenção por causa da menopausa, fase em que a perda de massa muscular e óssea costuma se acelerar. Por isso, ela reforça que caminhar é ótimo — mas não suficiente.
“O ideal é combinar as duas práticas”, diz. A caminhada entra como a base aeróbica, responsável por dar ritmo e saúde cardiovascular. Já o treino de força garante músculos fortes, articulações estáveis e um envelhecimento mais ativo e funcional. “É essa união que realmente faz diferença na qualidade de vida”, conclui.
