A defesa do ex-atacante Jô se pronunciou, nesta quarta-feira (19/11), a respeito da prisão do ex-jogador no Rio de Janeiro. O ex-Corinthians foi detido na tarde de terça-feira (18/11) enquanto estava na Praia da Barra, na zona sudoeste. O motivo é a inadimplência no pagamento da pensão alimentícia de um dos filhos.
As informações foram divulgadas incialmente pelo colunista Ancelmo Gois. A ordem judicial partiu da 1ª Vara de Família de Jacarepaguá depois que a mãe da criança apresentou comprovação de que o ex-atacante acumula 12 meses sem quitar o valor definido em juízo. Policiais civis foram acionados para cumprir o mandado e encaminharam o ex-atleta para a 16ª DP.



Ex-jogador Jô
Reprodução/Internet.
Ex-jogador Jô
Reprodução/Internet.
Ex-jogador Jô
Reprodução/Internet.
Ex-jogador Jô
Reprodução/Internet.
Ricardo Moreira/Getty Images
Alexandre Loureiro/Getty Images
O ex-atacante segue detido na delegacia enquanto aguarda os andamentos das medidas judiciais.
O que diz a defesa de Jô
Em nota enviada à coluna Fábia Oliveira, o advogado Guilherme Motai, que defende o ex-jogador, afirmou que as medidas judiciais cabíveis sobre a situação já foram adotadas. No texto, ele detalhou que “foi ajuizada no início deste ano uma ação revisional” de pensão e que “foram apresentados documentos completos que demonstram a real condição financeira do ex-atleta, incluindo extratos bancários de todas as contas” com o objetivo de “evidenciar, de maneira transparente, a impossibilidade de manter o valor anteriormente fixado”.
Apesar disso, os pedidos, segundo a defesa de Jô, vêm sendo negados. Diante desse cenário, foi protocolado um “Agravo Interno para que a matéria seja apreciada de forma colegiada pelos Desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia”. O recurso aguarda decisão desde agosto de 2025, de acordo com a nota do advogado.
Guilherme Motai ainda ressaltou que a “única via que se apresenta como real esperança de resolução é a construção de acordos extrajudiciais, nos quais as mães possam compreender e aceitar a realidade atual do ex-atleta e ajustar os valores dos alimentos de forma equilibrada”.
Segundo ele, a “dependência exclusiva do judiciário se mostra cada vez mais difícil, especialmente pelo fato de se tratar de uma figura pública que teve grande destaque no passado e pela evidente dificuldade de alguns magistrados em dissociar a imagem antiga de alta renda da condição financeira modesta que existe hoje”.
Leia a nota completa:
“A defesa informa que todas as medidas judiciais cabíveis já foram adotadas nos processos que tratam da redução de alimentos.
Especialmente no interior da Bahia, em que já houve reiteradas ordens de prisão, foi ajuizada no início deste ano uma ação revisional perante a Vara Única da Comarca de Itagibá, município com aproximadamente quinze mil habitantes. Desde a distribuição do processo, foram apresentados documentos completos que demonstram a real condição financeira do ex-atleta, incluindo extratos bancários de todas as contas. O objetivo sempre foi evidenciar, de maneira transparente, a impossibilidade de manter o valor anteriormente fixado.
Apesar disso, o pedido liminar de redução foi indeferido. Contra essa decisão, foi interposto agravo de instrumento perante o Tribunal de Justiça da Bahia em julho de 2025. O recurso também recebeu decisão negativa. Na mesma ocasião, foi apresentado pedido de reconsideração com exposição detalhada da linha do tempo dos rendimentos do ex-atleta desde a passagem pelo Corinthians até a atual realidade econômica. Mesmo assim, o pleito foi novamente rejeitado.
Diante desse cenário, foi protocolado Agravo Interno para que a matéria seja apreciada de forma colegiada pelos Desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia. O recurso aguarda decisão desde agosto de 2025.
Importante informar que, em todos os demais processos nos quais o ex-atleta foi citado, foram propostas ações revisionais com o mesmo objetivo de adequação à realidade financeira atual. Em todas essas ações, houve a apresentação de documentos como imposto de renda, extratos bancários completos, faturas de cartão de crédito e demais comprovantes que demonstram de maneira inequívoca a situação econômica atual. Mesmo com esse conjunto probatório consistente, os pedidos vêm sendo sistematicamente negados.
A defesa ressalta que a única via que se apresenta como real esperança de resolução é a construção de acordos extrajudiciais, nos quais as mães possam compreender e aceitar a realidade atual do ex-atleta e ajustar os valores dos alimentos de forma equilibrada. A dependência exclusiva do judiciário se mostra cada vez mais difícil, especialmente pelo fato de se tratar de uma figura pública que teve grande destaque no passado e pela evidente dificuldade de alguns magistrados em dissociar a imagem antiga de alta renda da condição financeira modesta que existe hoje.
A defesa permanece comprometida com a transparência e seguirá adotando todas as providências cabíveis para assegurar que a situação seja analisada com justiça e com base na realidade atual”.





