Os Estados Unidos realizaram mais um ataque contra uma embarcação suspeita de tráfico de drogas no Pacífico Oriental no sábado (15/11), deixando três mortos, conforme informou o Pentágono neste domingo (16/11). Segundo o Comando Sul, informações de inteligência apontavam que o barco transportava narcóticos e navegava por uma rota conhecida do narcotráfico.
A interceptação ocorreu em águas internacionais e foi feita pela força-tarefa Southern Spear, criada para combater redes criminosas na região.
Este foi o 21º ataque confirmado desde o início de setembro, em uma ofensiva militar que Washington diz ser necessária para interromper o fluxo de drogas para os Estados Unidos. Segundo números do próprio Pentágono, mais de 80 pessoas já morreram nessas ações.
“A inteligência confirmou que a embarcação estava envolvida no contrabando ilícito de narcóticos, transitando por uma rota conhecida de narcotráfico e transportando entorpecentes. Três homens narco-terroristas a bordo da embarcação foram mortos”, afirma o comunicado.
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Respaldo júridico
A escalada provocou críticas no Congresso americano, em grupos de direitos humanos e até entre aliados dos EUA, que questionam a legalidade dos ataques. O governo Trump sustenta que possui respaldo jurídico, apoiado por um parecer do Departamento de Justiça que considera os militares envolvidos imunes a processos.
Também neste domingo, o secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou que o Departamento de Estado vai classificar o Cartel de los Soles como organização terrorista estrangeira — uma medida que torna crime prestar apoio material ao grupo dentro dos EUA. Washington acusa o cartel de atuar em parceria com a facção Tren de Aragua para enviar drogas ao país.
.@StateDept intends to designate Cartel de los Soles as a Foreign Terrorist Organization (FTO). Headed by the illegitimate Nicolás Maduro, the group has corrupted the institutions of government in Venezuela and is responsible for terrorist violence conducted by and with other…
— Secretary Marco Rubio (@SecRubio) November 16, 2025
O governo Trump afirma que o presidente venezuelano Nicolás Maduro lidera o Cartel de los Soles, acusação que o chavista nega. Enquanto isso, o Pentágono reforçou a presença militar no Caribe, enviando navios de guerra, caças e até um submarino nuclear, em meio a discussões internas sobre a possibilidade de uma ação direta contra o governo venezuelano — com possíveis operações terrestres.
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Trump fala em negociar com Maduro
O republicano chegou a afirmar, ainda neste domingo, que pode ter conversas com o líder chavista, Nicolás Maduro, em meio à escalada de tensão entre Washington e Caracas. Segundo ele, o governo venezuelano “gostaria de conversar”, embora não haja previsão para um encontro ou canal formal aberto.
“Podemos ter algumas conversas com Maduro e veremos como isso se desenrola […] Eles gostariam de conversar”, declarou o republicano.