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    Generais cumprem pena onde acampamento golpista foi instalado no DF

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    Condenados pela trama golpista, os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira estão presos no Comando Militar do Planalto (CMP), no Setor Militar Urbano. O espaço é o mesmo que ficou marcado pelo acampamento bolsonarista, erguido em 2022, diante do Quartel-General do Exército, em Brasília.

    O local ficou marcado como um dos principais núcleos de mobilização dos bolsonaristas que partiram para os atos antidemocráticos de 8 de Janeiro, quando os edifícios sedes dos Três Poderes foram atacados em Brasília.

    Os generais foram alvos de mandados de prisão definitiva nesta terça-feira (25/11). Ambos foram condenados no caso da trama golpista, que também condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão.

    Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Bolsonaro, foi condenado a 21 anos.

    Já Paulo Sérgio Nogueira, que foi ministro da Defesa, terá que cumprir 19 anos de prisão.

    4 imagensO presidente Jair Bolsonaro e o general Augusto HelenoEx-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, chegou à Primeira Turma do STF. O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais sete aliados começou às 9h10 desta terça-feira (2/9) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Os cinco ministros da Turma analisam a ação penal sobre suposta trama golpista atribuída ao ex-chefe do Palácio do Planalto e sete réus que visou anular as eleições de 2022 e manter Bolsonaro no poder.Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, Jair Bolsonaro e Freire Gomes Fechar modal.1 de 4

    General Augusto Heleno

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    O presidente Jair Bolsonaro e o general Augusto Heleno

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    Ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, chegou à Primeira Turma do STF. O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais sete aliados começou às 9h10 desta terça-feira (2/9) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Os cinco ministros da Turma analisam a ação penal sobre suposta trama golpista atribuída ao ex-chefe do Palácio do Planalto e sete réus que visou anular as eleições de 2022 e manter Bolsonaro no poder.

    BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto4 de 4

    Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, Jair Bolsonaro e Freire Gomes

    Hugo Barreto/Metrópoles

    A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, em setembro deste ano, os generais de quatro estrelas por participação em uma trama golpista destinada a reverter o resultado das eleições de 2022.

    Segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Heleno e Nogueira faziam parte do “núcleo crucial” de uma organização criminosa armada que planejava um golpe de Estado.

    Entre os crimes imputados a eles estão: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado por violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.

    Esta é a primeira vez na história do Brasil que generais são penalizados por tentativa de golpe de Estado.

    Acampamento que deu vida ao 8/1

    Os acampamentos bolsonaristas começaram a ser instalados no dia 30 de outubro de 2022, data da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas. O mais emblemático foi instalado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, onde o acampamento ficou montado por 71 dias, até 9 de janeiro de 2023.

    Na desmobilização do acampamento, 1.927 pessoas foram conduzidas do local para a Academia Nacional da Polícia Federal.

    A estrutura erguida diante do QG foi descrita por autoridades como uma “minicidade golpista”. Barracas e tendas ofereciam áreas de oração, massagem e até cozinhas comunitárias que serviam três refeições por dia, sustentadas por doações de empresários e transferências via Pix. Também havia espaços usados para pregações religiosas e, ao lado, locais de discursos de incitação contra autoridades.

     

    11 imagensManifestantes ficaram mais de 70 dias no localApoiadora de Bolsonaro tira foto ao lado de réplica  de papelão do ex-presidente Militantes marcham em frente ao QG do Exército, em BrasíliaBolsonaristas pró-golpe marcham e fazem continência em frente ao QG do Exército, no momento do jogo entre Brasil e SuíçaFechar modal.1 de 11

    Manifestantes criticaram o ministro do STF Alexandre de Moraes

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    Manifestantes ficaram mais de 70 dias no local

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    Apoiadora de Bolsonaro tira foto ao lado de réplica de papelão do ex-presidente

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    Militantes marcham em frente ao QG do Exército, em Brasília

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    Bolsonaristas pró-golpe marcham e fazem continência em frente ao QG do Exército, no momento do jogo entre Brasil e Suíça

    Evandro Éboli – Metrópoles 7 de 11

    Integrantes do Exército protegem manifestantes bolsonaristas perto do QG

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    Defensores de golpe militar fazem protesto em Brasília

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    Vinícius Schmidt/Metrópoles11 de 11

    Domingo reúne manifestantes bolsonaristas em frente ao QG do Exército

    O ministro Cristiano Zanin, presidente da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a afirmar que os integrantes do alto escalão das Forças Armadas atuaram na manutenção dos acampamentos que antecederam os atos de 8 de Janeiro.

    Segundo o ministro, houve “robusta prova” de que a organização responsável pela mobilização promoveu, após o resultado das eleições de 2022, uma “insurreição popular” com apoio material e psicológico para permitir a instalação e manutenção dos acampamentos montados em frente a quartéis.

    “Esse apoio contou com agentes militares armados e com integrantes do alto escalão das forças armadas que atuaram de forma estável no planejamento e na execução das ações de organização”, afirmou.