O presidente Lula avisou a aliados, nos últimos dias, que não cederá à pressão do Senado e manterá sua decisão de indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para o STF.
Ao longo da semana, senadores fizeram chegar ao Palácio do Planalto uma série de alertas de que Messias não teria hoje votos suficientes para aprovar sua indicação no Senado.
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Lula na COP30
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Jorge Messias é advogado-geral da União no governo Lula e cotado para vaga no STF
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O PGR Paulo Gonet ofereceu denúncia contra Eduardo Bolsonaro
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Um desses alertas, segundo lideranças do Senado, seria o placar apertado com o qual o procurador-geral da República, Paulo Gonet, aprovou sua recondução na Casa.
Alvo da direita após denunciar Jair Bolsonaro no inquérito do golpe, Gonet aprovou sua recondução por 45 votos a 26 — placar mais apertado da história de um PGR desde a redemocratização.
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Lula liga para Gonet
O nome preferido da cúpula do Senado hoje para o STF seria o de Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Lula, contudo, prefere que o senador seja seu candidato ao governo de Minas em 2026.
“Pode ser apertado. Pode demorar. Mas será Messias”, disse à coluna, sob reserva, um integrante do governo com trânsito no gabinete de Lula.
O que pensam os aliados de Messias
Como mostrou a coluna, aliados de Messias viram um lado “bom” no placar apertado enfrentado por Gonet. Para esse grupo, isso indicaria que o chefe da AGU pode ter até mais votos que o procurador.
“Isso foi bom, na verdade. Se o Gonet, que denunciou o Bolsonaro, foi aprovado, Messias também será”, disse à coluna um interlocutor do ministro.
Aliados de Messias ressaltam que ele deve ter mais votos que Gonet, porque contará com o apoio de senadores evangélicos — o escolhido de Lula para o STF é evangélico.
