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    “Lula não se curvou”, diz presidente do PT após Trump reduzir tarifas

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    O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) Edinho Silva repercutiu, nesta sexta-feira (14/11), a ordem executiva dos Estados Unidos que reduz as tarifas impostas por Donald Trump sobre produtos agrícolas. A decisão, divulgada pela Casa Branca, afeta diretamente produtos exportados pelo Brasil, como carne bovina, açaí, banana e café.

    De acordo com Edinho, as tarifas de 50% sobre exportações brasileiras são “irracionais”, mas que “com diálogo e respeito se constrói soberania”.

    “O governo do presidente Lula não se curvou diante de uma medida autoritária. Pelo contrário: apostou na diplomacia, na negociação séria, no caminho que o Brasil sempre trilhou nos governos do PT. A soberania não se negocia. E agora estamos colhendo resultados”, disse o presidente do PT em publicação nas redes sociais.

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    Ainda não está claro se o anúncio desta sexta tem relação direta com as recentes tratativas entre Brasil e EUA, mas ele ocorre um dia após o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se reunir com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em Washington.

    Depois do encontro, o chanceler brasileiro afirmou que havia apresentado uma “proposta geral” para tratar do tarifaço. Vieira também informou que o governo norte-americano poderia apresentar uma resposta à negociação brasileira ainda nesta sexta.

    “O Secretário de Estado disse que estão examinando com toda atenção e todo o tempo, que querem resolver rapidamente as questões bilaterais com o Brasil e que a resposta virá muito proximamente, amanhã ou na próxima semana”, declarou Vieira na ocasião.

    Recuo dos EUA

    Segundo o governo dos EUA, a medida tem efeito retroativo e passou a valer a partir da 00h01 dessa quinta-feira (13/11).

    No documento assinado por Trump, o norte-americano justifica a decisão dizendo que recebeu “informações e recomendações adicionais de diversas autoridades”.

    A ordem, porém, não esclarece a alíquota da redução. Os ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, da Fazenda e da Agricultura e Pecuária estudam o documento para entender qual é o percentual que afeta o Brasil.

    Diversos recuos já aconteceram ao longo dos últimos meses em relação ao tarifaço dos EUA. Um deles ocorreu em 30 de julho, um dia antes das alíquotas norte-americanas entrarem em vigor. À época, Trump assinou uma ordem que deixou cerca de 700 produtos brasileiros isentos da taxa.