O corpo feminino está sempre em pauta, especialmente quando pertence a uma figura pública. Foi o que aconteceu recentemente com Carolina Dieckmmann, de 47 anos, após publicar fotos de biquíni em suas redes sociais. Comentários sobre sua aparência se multiplicaram, e a atriz decidiu responder.
“Minha endocrino falou que eu estou ótima, com 1 kg a mais de músculo que o necessário. Ou seja, a opinião que importa, né?”, rebateu ela, ao afirmar que está dentro do peso ideal e acompanhada por especialistas.
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O episódio reacendeu um debate recorrente: até que ponto a magreza é sinônimo de saúde? E quando ela passa a ser um sinal de alerta? Casos semelhantes já envolveram outras celebridades, como Gisele Bündchen, Bella Hadid, Angelina Jolie, Adriane Galisteu e Bruna Marquezine, que também foram alvo de críticas pelo corpo mais enxuto.
Quando a magreza deixa de ser saudável
Para entender os limites entre o corpo saudável e a magreza excessiva, especialistas explicam que a aparência por si só não define bem-estar, e que tanto o excesso quanto a falta de peso podem indicar desequilíbrios.



A atriz Carolina Dieckmmann
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Carolina DIeckmann
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Carol Dieckmmann
Foto cedida ao Metrópoles
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Bruna Marquezine
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De acordo com a endocrinologista Carolina Janovsky, o corpo dá sinais claros de quando o emagrecimento ultrapassa o ponto de equilíbrio: “A magreza passa a ser excessiva quando indica desnutrição, como um IMC abaixo de 18,5 kg/m² em adultos ou uma perda involuntária de mais de 5% do peso em seis meses”, explicou.
Prejuízos à saúde
Segundo ela, o baixo peso pode afetar músculos, ossos e até os hormônios: “A perda de massa muscular gera fraqueza, piora o equilíbrio e aumenta o risco de quedas. Já a baixa reserva energética compromete a densidade óssea, favorecendo osteoporose e fraturas. Em mulheres, pode haver interrupção da menstruação e dificuldade para engravidar”, detalhou.
Carolina Janovsky lembrou, ainda, que a magreza excessiva também prejudica o sistema imunológico, deixando o corpo mais vulnerável a infecções: “Cuidar do estado nutricional é investir em músculos, ossos, hormônios e imunidade, pilares da saúde em qualquer idade”, completou.
Impacto emocional da pressão estética
Para o médico Iago Fernandes, especialista em saúde mental, os efeitos da pressão por magreza vão muito além do espelho: “A saúde mental influencia o comportamento alimentar de maneira profunda. Muitas pessoas usam a comida como uma forma inconsciente de aliviar a tensão ou preencher o vazio emocional, desenvolvendo a chamada fome emocional”, afirmou.
Segundo ele, o padrão estético inatingível alimenta um ciclo de culpa, restrição e frustração: “Quando o cérebro interpreta a restrição alimentar como ameaça, ele reage com compulsões. Isso mantém o corpo em estado de defesa e a mente em sofrimento constante”, pontuou.
O médico também destacou o peso do julgamento social, especialmente sobre figuras públicas: “O bullying, a vergonha corporal e o escrutínio digital geram baixa autoestima e podem desencadear transtornos ansiosos e depressivos. Uma mulher magra demais ou acima do peso nunca escapa das críticas, o problema é o olhar do outro, não o corpo em si”, avaliou.
Equilíbrio é o verdadeiro ideal
Mais do que buscar o corpo perfeito, os especialistas reforçam a importância de olhar para a saúde de forma integral: “Se houve perda rápida de peso, cansaço, queda de cabelo, alterações menstruais ou imunidade baixa, é hora de procurar um médico”, alertou Carolina Janovsky.
A recomendação é que a avaliação seja multidisciplinar, envolvendo endocrinologista, nutricionista e, quando necessário, acompanhamento psicológico: “A beleza está em se sentir bem, e isso começa quando o corpo e a mente estão em sintonia, não quando se atinge um número na balança”, resumiu Iago Fernandes.
Enquanto parte do público cobra magreza extrema e outra acusa o mesmo corpo de estar “magro demais”, celebridades como Carolina Dieckmmann reforçam que cada organismo tem seu equilíbrio. A atriz, que garante estar saudável e acompanhada por uma equipe médica, resume um sentimento que vai além da estética: a necessidade de respeitar os próprios limites, mesmo sob os holofotes.





