O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Mike Johnson, afirmou nesta segunda-feira (10/11) que pretende colocar em votação o projeto de lei que encerra o shutdown do governo norte-americano — o mais longo da história recente do país.
Johnson afirmou que dará um aviso formal de 36h para que os membros da Câmara retornem a Washington e votem o texto assim que ele for aprovado pelo Senado.
“Daremos um aviso formal e oficial de 36h para que possamos votar o mais rápido possível o projeto de lei orçamentária emendado e enviá-lo para a mesa do presidente”, afirmou Johnson.
Ele acrescentou que Trump “está muito ansioso para reabrir o governo e encerrar a paralisação de Schumer”, em referência ao líder democrata no Senado, Chuck Schumer.
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O republicano também pediu agilidade ao Senado, e que os senadores evitem manobras processuais que atrasem a aprovação da proposta.
O plano aprovado no domingo (9/11) no Senado foi articulado por oito democratas centristas e líderes republicanos, após cinco semanas de negociações. O acordo prevê uma medida provisória que mantém o financiamento do governo até janeiro, além de um pacote orçamentário mais amplo que inclui recursos para o Legislativo, o Departamento de Agricultura e programas voltados a veteranos.
Caso seja aprovado na Câmara nos próximos dias, o projeto seguirá para a sanção do presidente Donald Trump, que, segundo aliados, vê a reabertura do governo como prioridade imediata após o acordo bipartidário no Senado.
Linha do tempo da crise
- A paralisação iniciou-se em 1º de outubro, após o Congresso fracassar na aprovação do orçamento federal. No dia seguinte, a Casa Branca iniciou cortes de pessoal em diversas agências governamentais.
- Em 10 de outubro, Donald Trump afirmou pretender “demitir muitos” servidores públicos que, segundo ele, estariam alinhados ao Partido Democrata.
- Mesmo após uma decisão judicial suspender novas demissões, o governo manteve o plano de enxugamento e indicou que os desligamentos poderiam alcançar até 10 mil funcionários caso o impasse se prolongasse.
- O shutdown atual já supera as paralisações de 1995 e 2013 e ultrapassou também a de 2018-2019, tornando-se a mais longa da história dos Estados Unidos.



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Subsídios da saúde seguem em risco
O líder da maioria no Senado, John Thune, afirmou que uma votação sobre a extensão dos subsídios deve ocorrer até meados do próximo mês. “Estou otimista de que, após quase seis semanas dessa paralisação, finalmente conseguiremos pôr um fim a ela”, declarou.
O acordo foi costurado entre três ex-governadores — Jeanne Shaheen e Maggie Hassan, de New Hampshire, e Angus King, do Maine —, Thune e a Casa Branca. Entre os pontos adicionais estão a reversão das demissões de funcionários federais e o pagamento retroativo dos salários suspensos durante o período.




