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Ministério da Igualdade Racial reage à polêmica sobre desenho de orixá

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Ministério da Igualdade Racial reage à polêmica sobre desenho de orixá

O Ministério da Igualdade Racial (MIR) reagiu nesta terça-feira (18/11) e repudiou o que classificou como “racismo religioso” e “violência institucional” no caso do pai de uma aluna da Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Antônio Bento, no Caxingui, zona oeste de São Paulo, que acionou a Polícia Militar após descobrir que a filha de 4 anos havia feito um desenho da orixá Iansã durante uma atividade escolar.

Para o MIR, a abordagem à qual estudantes e profissionais foram submetidos é “inaceitável” e evidência a urgência de políticas públicas de respeito, igualdade racial e proteção às religiões de matriz africana. Na nota, o ministério informou que oficiou as Secretarias de Educação e de Segurança Pública do Estado de São Paulo, cobrando explicações sobre o episódio. O órgão também colocou à disposição o Guia de Denúncias de Racismo Religioso e reforçou seu compromisso em colaborar para ações que fortaleçam os direitos humanos, a justiça e a dignidade dentro das escolas.

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Desenho da orixá Iansã que motivou pai de aluna de escola infantil de São Paulo a chamar a polícia

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Desenhos de alunos do EMEI Antônio Bento, em São Paulo, em atividade intitulada “Ciranda de Aruanda”

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Desenhos que alunos do EMEI Antônio Bento, em São Paulo, fizeram em atividade sobre religiões de matriz africana

Material cedido ao Metrópoles

A diretora da Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Antônio Bento,  oi afastada temporariamente de suas funções após solicitar licença médica. A informação foi confirmada ao Metrópoles pela Secretaria Municipal de Educação (SME). Segundo a pasta, a diretora estaria enfrentando problemas de saúde mental após a escola ter sido alvo de uma ação da Polícia Militar na última quarta-feira (12/11).

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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) abriu investigação sobre a ação de policiais militares que entraram armados na Emei Antônio Bento, na zona oeste da capital, após o pai de uma aluna se incomodar com um desenho da orixá Iansã.

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Solicitações do MPSP à Secretaria Municipal de Educação (Seduc)

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O pai de uma aluna da Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Antônio Bento, no Caxingui, zona oeste de São Paulo, acionou a Polícia Militar após saber que a filha de 4 anos fez um desenho da orixá Iansã durante uma atividade escolar na última quarta-feira (12/11).

A direção havia convidado o pai para uma reunião do Conselho da Escola no mesmo dia, mas ele não compareceu e decidiu chamar a PM. Quatro policiais foram à unidade e permaneceram por cerca de uma hora. Testemunhas afirmam que a abordagem foi hostil e assustou funcionários e famílias. A supervisora de ensino também acompanhou o caso.

A escola explicou aos agentes que a atividade está prevista nas leis 10.639/03 e 11.645/08, que tornam obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena. As crianças ouviram uma história e fizeram um desenho, sem caráter religioso.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que os policiais conversaram com ambas as partes e orientaram o registro de boletim de ocorrência. A SSP justificou o uso do armamento, incluindo metralhadora, dizendo que faz parte do EPI dos agentes. A Prefeitura de São Paulo confirmou que o trabalho integra o currículo antirracista da rede municipal.

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