Uma das principais artistas brasileiras, Tarsila do Amaral (1886-1973) é tema de uma exposição inédita no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo. Inaugurada na última quinta-feira (6/11) e batizada de “São Paulo – Paris: A Descoberta de Tarsila do Amaral”, a mostra destaca a trajetória da artista modernista.
Ao todo, 16 obras estão expostas no Salão dos Pratos, sala de reuniões do Bandeirantes que acabou de passar por reforma. Do total, seis obras estiveram em Paris, na França, e em Bilbao, na Espanha, emprestadas para exposições na Europa. Fora do circuito artístico do estado, como Pinacoteca e Masp, a sede do governo paulista é o espaço mais importante de acervo da artista.
Entre os destaques, está a pintura “Operários”, de 1933 (veja abaixo), que retrata a problemática social a partir do crescimento industrial e da diversidade populacional de São Paulo. A exposição traz ainda o famoso “Autorretrato I” (1924) e “Santa Irapitinga do Segredo” (1941).



Operários (1933) é um dos destaques da exposição sobre Tarsila do Amaral
Divulgação/Acervo dos Palácios
Exposição fica em cartaz até o dia 25 de janeiro de 2026
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A entrada é gratuita mediante agendamento
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Ao todo, 16 obras de Tarsila do Amaral estão exibidas na mostra
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Nascida no interior de SP, Tarsila do Amaral é uma das artistas mais importantes do Brasil
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A exposição acontece no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista
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“O conjunto de obras de Tarsila pertencente ao Acervo dos Palácios é único, pois além de nos possibilitar acompanhar toda a carreira da artista, é constituído de obras icônicas”, destaca a curadora Rachel Vallego, também responsável pela atual gestão do Acervo dos Palácios.
“São Paulo – Paris: A Descoberta de Tarsila do Amaral”
- Inaugurada na última quinta-feira (6/11), a exposição inédita “São Paulo – Paris: A Descoberta de Tarsila do Amaral” fica em cartaz até o dia 25 de janeiro de 2026.
- A entrada é gratuita.
- Para visitação, é necessário agendamento prévio com no mínimo 48 horas de antecedência. O agendamento está disponível no link www.acervo.sp.gov.br/agendamento/agendar
- As visitas podem ser feitas de segunda à sexta, das 10h às 16h. Aos sábados, conferir disponibilidade.
- A mostra é realizada no Palácio dos Bandeirantes (Avenida Morumbi, 4.500).
- Mais informações estão disponíveis em www.acervo.sp.gov.br
“Fazer essa exposição logo após as obras retornarem de um importante empréstimo na Europa é presentear São Paulo com cultura, arte e ampliar o acesso e conhecimento sobre uma das mais significativas pintoras modernas brasileiras”, declara Vallego.
A mostra fica em cartaz até 25 de janeiro de 2026. A entrada é gratuita e é necessário agendamento prévio para visitação.
Sobre Tarsila do Amaral
Nascida em Capivari, no interior de São Paulo, em 1886, Tarsila do Amaral completou os estudos em Barcelona, na Espanha, onde pintou seu primeiro quadro aos 16 anos.
A artista aprimorou sua técnica em ateliês de São Paulo e Paris, até que teve uma de suas telas admitidas no Salão Oficial dos Artistas Franceses em 1922. Na Europa, Tarsila manteve contato com outros artistas modernistas, incluindo o poeta Oswald de Andrade, com quem foi casada entre 1926 e 1929.
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Considerada uma das artistas mais importantes do modernismo, a obra de Tarsila atravessa as fases do movimento artístico. Na fase “Pau-Brasil”, com estilo voltado à exaltação do nacionalismo, Tarsila recorreu ao uso de cores intensas e temas tropicais e urbanos comuns à realidade brasileira.
Na fase antropofágica, que propunha a assimilação do estilo estrangeiro à arte brasileira, Tarsila pintou “Abaporu” (1928), uma de suas obras mais famosas, hoje pertencente ao acervo do Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires.
Já na fase social, ela se voltou para a industrialização e urbanização, tendo os trabalhadores como protagonistas. “Operários” e “Segunda Classe”, ambas de 1933, estão entre os destaques.
Tarsila do Amaral morreu em janeiro de 1973, em São Paulo.
Outras exposições em SP
- Também com entrada gratuita, a 36ª Bienal pode ser visitada até 11 de janeiro de 2026.
- Intitulada Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática, a mostra propõe uma nova reflexão sobre a humanidade a partir das relações e escuta.
- É possível agendar visitas mediadas no site 36.bienal.org.br/planeje-sua-visita/. A Bienal está no Parque Ibirapuera, portão 3, São Paulo.
- Já a exposição “Corte Circuito” reúne obras do escultor e pintor português erradicado no Brasil, Antonio Manuel, na galeria Raquel Arnaud. Em duas séries e uma instalação diferentes, o artista apresenta pinturas feitas sobre folhas de jornal, relevos feitos com gradeados metálicos e uma instalação com líquidos voláteis.





