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    Polícia acha dinheiro no varal durante ação contra lavagem de dinheiro

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    A Polícia Civil de Santa Catarina se deparou com uma cena inusitada durante a Operação Rescaldo, realizada na terça-feira (11/11): mais de R$ 400 mil em espécie estavam estendidos em um varal de chão, dentro de uma residência em Joinville, ao estilo de roupas recém-lavadas.

    As cédulas, segundo os investigadores, estavam molhadas e mofadas por terem sido escondidas por longo período.

    A operação mirou um grupo suspeito de lavar dinheiro do tráfico de drogas por meio da compra de veículos e imóveis em cidades do Oeste catarinense e do Sudoeste do Paraná. De acordo com a polícia, a organização movimentou mais de R$ 10 milhões nos últimos anos.

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    A operação

    A Polícia Civil cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em quatro municípios: São Lourenço do Oeste (SC), Romelândia (SC), Joinville (SC) e São Francisco do Sul (SC)

    O objetivo foi rastrear e recuperar valores provenientes da atividade do tráfico, que eram reinseridos na economia legal por meio de aquisições de alto valor.

    O nome “Rescaldo” faz referência ao trabalho de localizar e neutralizar os resquícios do esquema financeiro, mesmo após operações anteriores terem atingido o grupo principal.

    Cena improvável

    Durante as buscas em Joinville, os policiais encontraram o dinheiro espalhado no varal, na tentativa de secagem. A quantia estava úmida e parte das notas apresentava manchas de mofo.

    Investigadores afirmam que o método improvisado foi usado porque o montante havia sido retirado recentemente de um esconderijo onde permaneceu guardado por longo período.

    Além do dinheiro, foram apreendidos uma pistola, um revólver, veículos e documentos e registros ligados à movimentação financeira do grupo.

    Um homem de 22 anos foi preso por posse ilegal de arma de fogo.

    Bloqueios e prejuízo ao crime

    Ao todo, a polícia determinou o bloqueio judicial de contas bancárias de oito investigados, além de medidas cautelares que afetam diretamente o fluxo de capital do grupo.

    A estimativa é que a quadrilha tenha adquirido imóveis e veículos de luxo como forma de mascarar a origem ilícita dos recursos.