A Polícia Federal (PF) apreendeu uma aeronave avaliada em cerca de R$ 200 milhões, segundo estimativa da investigação, durante a Operação Compliance Zero.
O jato estava no pátio do Aeroporto Internacional de Guarulhos e seria utilizado por Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, no voo que ele tentaria realizar para Malta na noite de segunda-feira (17/11), pouco antes de ser preso.
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O avião segue agora sob custódia da Justiça e ficará à disposição do processo que apura a existência de um esquema de emissão de títulos de crédito falsos por instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.



PF apreende avião de R$ 200 milhões que seria usado por Vorcaro ao ser preso
PF/Divulgação
PF apreende avião de R$ 200 milhões que seria usado por Vorcaro ao ser preso
PF/Divulgação
PF apreende avião de R$ 200 milhões que seria usado por Vorcaro ao ser preso
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A PF afirma que a operação mira possíveis crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa.
Vorcaro foi preso por volta das 22h no aeroporto, quando, segundo sua defesa, viajaria para fechar negócios. Para os investigadores, porém, havia indícios de que o banqueiro poderia deixar o país de forma a dificultar o avanço do inquérito.
A Operação Compliance Zero resultou, até o momento, em sete presos e no cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão em cinco estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal.
Entre os detidos está Augusto Lima, sócio de Vorcaro no Master. A PF também cumpriu mandado de busca contra o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, que foi afastado pela Justiça na terça-feira, assim como outros três diretores da instituição.
A investigação teve início em 2024, após uma requisição do Ministério Público Federal para apurar a fabricação de carteiras de crédito consideradas insubsistentes.
Segundo a PF, esses títulos teriam sido vendidos a outra instituição e posteriormente substituídos por ativos sem avaliação técnica adequada após fiscalização do Banco Central.


