A Polícia Federal (PF) detalhou, nesta terça-feira (18/11), os primeiros resultados da Operação Compliance Zero, que levou à prisão do empresário Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, e resultou em uma das maiores apreensões financeiras já registradas em ações recentes contra crimes do sistema financeiro.
Até o momento, seis pessoas foram presas, quatro em caráter preventivo e duas temporariamente.
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Os alvos são suspeitos de participação na fabricação e circulação de títulos de crédito falsos, usados para inflar artificialmente o patrimônio de instituições financeiras e movimentar ativos sem lastro real.
Bloqueio bilionário
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 12,2 bilhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao grupo.
Além das prisões, a operação apreendeu:
- Carros de luxo
- Obras de arte
- Relógios de alto padrão
- R$ 1,6 milhão em dinheiro vivo



PF cumpre mandados de busca e apreensão no BRB
Michael Melo/Metrópoles
Ao todo, os policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 25 de busca e apreensão em cinco unidades da Federação
Michael Melo/Metrópoles
A deflagração da operação ocorre um dia depois de um consórcio de investidores dos Emirados Árabes Unidos, em parceria com o grupo de participações Fictor, anunciar a compra do Banco Master, com aporte inicial de R$ 3 bilhões
Divulgação/PF
Os investigados serão ouvidos pela Polícia Federal e podem responder a processos criminais e sanções administrativas do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
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A PF também deve aprofundar a análise sobre a origem dos recursos movimentados e eventuais beneficiários finais das operações fraudulentas.
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A Operação Compliance Zero tem como alvo um esquema de emissão e negociação de títulos de crédito falsos envolvendo instituições financeiras do Sistema Financeiro Nacional, entre elas o Banco de Brasília (BRB), onde policiais fazem buscas
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Os objetos foram recolhidos durante buscas em endereços residenciais e comerciais, em uma ação coordenada nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.
Esquema financeiro
Segundo as investigações, o grupo ligado a Vorcaro teria criado carteiras de crédito artificiais e vendido esses títulos a outras instituições financeiras como se fossem ativos reais.
Quando o Banco Central detectou irregularidades, os papéis foram substituídos por outros ativos igualmente duvidosos, numa tentativa de esconder a fraude.





