O funcionário terceirizado da Enel que foi preso nessa quinta-feira (11/12) por cobrar vantagem indevida religou a energia de um comércio em aproximadamente 15 segundos. Conforme relatos no boletim de ocorrência, o técnico chegou ao local com um assistente e restabeleceu a luz “usando um varão”.
Além disso, Alex Rodrigues Nogueira ameaçou cortar a energia novamente após não receber o pagamento. O restaurante Rancho da Empada, na Vila Mariana, zona sul da capital paulista, estava sem luz desde o início da tarde de quarta-feira (10/12).
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Após simular que um sócio fictício pagaria a propina, o empresário acionou o subprefeito de Vila Mariana, Rafael Minatogawa, que publicou o caso nas redes sociais.
Em um vídeo, o subprefeito pergunta ao funcionário da Enel como poderia fazer “para acertar” a religação na Rua Sena Madureira. O suspeito, então, responde que cobrou R$ 2,5 mil para religar o conector de um endereço.

Falta de energia em São Paulo
Mais de 800 mil imóveis seguem sem energia elétrica na Grande São Paulo, nesta sexta-feira (12/12), cerca de 48 horas após o ciclone extratropical formado no Sul do país.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que “policiais civis do 16º Distrito Policial (Vila Clementino) prenderam em flagrante o funcionário da empresa pelo crime de corrupção passiva, na Praça Manuel Vaz de Toledo”.
Procurada, a Enel alertou que os serviços de atendimento a emergências, como reparos na rede da distribuidora para restabelecimento de energia, não estão sujeitos à cobrança individual ao cliente.
“A companhia reforça que qualquer exigência de pagamento para reparos na rede elétrica da distribuidora, para restabelecimento de energia, está fora das regras de conduta da companhia. Em caso de dúvidas, os clientes podem entrar em contato com os canais de atendimento da Enel São Paulo”, apontou, em nota.
