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    Conheça a Restinga da Marambaia, onde Lula e Janja passarão Réveillon

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    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, desembarcaram no Rio de Janeiro (RJ) nessa sexta-feira (26/12) e passarão na praia um período de descanso neste final de ano. O casal presidencial celebrará o Réveillon na Restinga da Marambaia, ilha localizada no litoral fluminense.

    O local possui aproximadamente 42 km de extensão e faz parte do território de três municípios: Rio de Janeiro, Itaguaí e Mangaratiba. A ilha é administrada pelas Forças Armadas e abriga uma base naval da Marinha e o Centro de Adestramento da Ilha de Marambaia (Cadim).

    A expectativa é que o chefe do Planalto retorne aos trabalhos em Brasília no dia 6 de janeiro.

    Em 2023, primeiro ano do mandato, a ilha também foi o destino das férias de Lula e Janja. Outros ex-presidentes também aproveitaram as instalações das Forças Armadas na região.

    No poder, Jair Bolsonaro (PL) passou o feriado de Finados e o Natal na Restinga da Marambaia em 2018, antes de tomar posse. Já Michel Temer (MDB) esteve no local no Réveillon de 2017 e no Carnaval de 2018.

    Conheça a Restinga da Marambaia, onde Lula e Janja passarão Réveillon - destaque galeria3 imagensÁrea militar no RJ é refúgio para presidentesLula passou o Réveillon no local em 2023Fechar modal.MetrópolesRestinga da Marambaia, no Rio de Janeiro1 de 3

    Restinga da Marambaia, no Rio de Janeiro

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    Área militar no RJ é refúgio para presidentes

    G.Poggio/Poder NavalLula passou o Réveillon no local em 20233 de 3

    Lula passou o Réveillon no local em 2023

    G.Poggio/Poder Naval

     

    Novelas, quilombo e ditadura

    Conhecida por belas praias e paisagens exuberantes a Ilha da Marambaia foi cenário de novelas como Guerra dos Sexos e Da Cor do Pecado, da Rede Globo.

    O local também é marcado por episódios históricos. No século 19, após a proibição do tráfico negreiro no Brasil, a restinga passou a ser utilizada como porto clandestino de desembarque de escravizados. Em 1904, as terras foram adquiridas pela União e, dois anos depois, passou a ser utilizada pela Marinha. Em 1908, foi inaugurada na região a Escola de Aprendizes-Marinheiros.

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    Em 2004, após uma série de embates judiciais movidos pelas comunidades remanescentes de quilombolas, a área certificada pela Fundação Cultural Palmares. A titulação foi oficializada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 2015.

    Já durante a ditadura militar, a base da Marinha era utilizada como área de ocultação de corpos de presos políticos. Relatos apontam que o deputado federal Rubens Paiva, preso e morto pelo regime, foi enterrado no local.