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    Doença do carrapato: veterinária explica riscos e como proteger cães

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    Uma doença popular entre os cães que costuma assustar muitos tutores é a “doença do carrapato”. Porém, o que muitas pessoas não sabem é que, na verdade, não se trata de uma única condição, mas sim de um conjunto de enfermidades graves transmitidas pelo aracnídeo.

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    Dois exemplos são a erliquiose e babesiose, ambas transmitidas pelo carrapato-marrom (Rhipicephalus sanguineus). No Brasil, elas são comuns e podem deixar sequelas graves no organismo dos bichinhos, podendo até levar a morte se não tratadas imediatamente.

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    Entenda as doenças

    Devido ao clima tropical e subtropical do país, a multiplicação do carrapato-marrom é mais fácil, o que aumenta o risco para os pets. A erliquiose — bácteria Ehrlichia canis — atinge as células do sistema imunológico. Já a babesiose — protozoário Babesia spp. — destrói os glóbulos vermelhos, que transportam o oxigênio.

    “Muitos responsáveis imaginam que esses parasitas causam apenas incômodo, quando na verdade eles podem causar doenças graves. Como os sinais iniciais podem ser muito sutis, o diagnóstico pode ser tardio, o que aumenta significativamente a gravidade do caso e o risco de óbito”, explica a veterinária Kathia Soares.

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    As doenças são graves pois os danos e sintomas são extremos. Nos dois casos, pode ocorrer febre, falta de apetite, cansaço e apatia. Na erliquiose, por exemplo, alguns cães têm sangramentos por causa da queda de plaquetas. Por outro lado, a babesiose pode levar a anemia, icterícia e urina de cor escura.

    doenças do carrapatoO carrapato-marrom também pode transmitir outras doenças: anaplasmose, hepatozoonose e bartonelose

    Fique atento aos cuidados essenciais!

    A veterinária da MSD Animal ainda acrescenta que cerca de 95% do ciclo do carrapato-marrom acontece no ambiente. Por conta disso, existem alguns cuidados básicos, mas de extrema importância, para proteger os cachorros.

    Confira algumas orientações da especialista:

    • Manter a casa limpa, principalmente frestas, cantinhos e locais onde o pet costuma descansar;
    • Usar produtos adequados para o ambiente e fazer inspeção regular de áreas externas para evitar proliferação e reinfestações;
    • Usar antiparasitários eficazes e de longa duração regularmente;
    • Examinar o corpo do cão, especialmente após passeios ou contato com ambientes externos;

    “A prevenção contínua reduz de forma significativa o risco de transmissão de doenças por carrapatos. Simplificar a rotina de cuidados é fundamental para que o tutor mantenha o pet protegido de forma ininterrupta, e isso faz toda a diferença quando falamos de enfermidades tão graves”, complementa Kathia.