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    Estudo: rugidos dos leões podem ser únicos, como impressões digitais

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    Pesquisadores das universidades de Oxford e Exeter, localizadas na Inglaterra, descobriram que os leões podem ter uma espécie de “sotaque”. A conclusão do estudo foi a partir de gravações feitas na Tanzânia e no Zimbábue, em que puderam perceber variações nos rugidos dos animais.

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    Os parâmetros analisados foram as mudanças de frequência, duração e intensidade, que resultaram em padrões diferentes entre os felinos. Anteriormente, especialistas acreditavam que o rugido era único para todos, e foi isso que a pesquisa desmistificou.

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    Publicado na revista científica Ecology and Evolution, o estudo mostrou essas diferenças entre as vocalizações. As gravações analisadas foram feitas no Parque Nacional Nyerere e na Reserva Bubye Valley. A inteligência artificial foi de extrema importância para identificar detalhes que fogem ao ouvido humano.

    Para na TanzâniaPartes dos materias foi recolhido no Parque Nacional Nyerere, na Tanzânia

    Para os cientistas, algumas questões explicam as variações. O ambiente, por exemplo, influencia em como som se propaga e no aprendizado social entre os leões. Além disso, a tecnologia permitiu monitorar as populações individualmente em áreas de difícil acesso.

    No entanto, os especialistas reforçam que há limitações, já que o projeto não tem dados de regiões intermediárias. Outro fator é que os conteúdos recolhidos no Zimbábue são apenas de machos, pois as fêmeas não rugiram no período.

    Mesmo assim, o estudo é muito colaborativo cientificamente. Ao final, ele indica que o rugido de cada felino pode ser como uma “impressão digital acústica”. Os pesquisadores ainda treinaram os algoritmos para diferenciar os indivíduos, o que permite rastreá-los mesmo de longe.