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    “Formarei o maior léxico de aliança no Brasil, com duzentos milhões de brasileiros”, diz Marina Silva durante coletiva de imprensa em Cruzeiro do Sul, no Acre.

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    Cruzeiro do Sul (AC)- Nesta terça-feira (17), a ex-senadora e ex-ministra do Meio do Ambiente, a presidenciável Marina Silva (REDE), cumpre agenda política na cidade de Cruzeiro do Sul, no estado do Acre [sua terra natal], para divulgar o seu nome como pré-candidata à presidência da república, bem como  promover através da sua imagem os nomes dos postulantes da sua sigla partidária ao Congresso Nacional. A Rede disputará o Senado com o ex-reitor da Universidade Federal do Acre, Minoru Kinpara, e a Câmara Federal com Carlos Gomes. Ambos acompanham a acreana na agenda política que ela cumpre no Estado. Além dos nomes já citados, a Rede disputará o palácio Rio Branco com a vereadora tarauacaense Janaina Furtado.

    Marina Silva disputará o Planalto pela terceira, sendo que em 2014, ela foi a terceira mais votada do País com mais de vinte dois milhões de votos. Ficando fora do segundo turno, que foi disputado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador mineiro Aécio Neves (PSDB. Em 2010, a ex-ministra do governo Lula, já havia concorrido à presidência do Brasil pelo PV, terminando a disputa em terceiro lugar com mais de dezenove milhões de votos.

    No Juruá, Marina Silva começou sua agenda concedendo uma coletiva de imprensa aos comunicadores da região. Em seguida, ela visitou o mercado do agricultor, posteriormente visitou o bispo Dom Moser, fechando à agenda pela parte da manhã com uma reunião com a comunidade evangélica na Igreja Assembleia de Deus.

    Na coletiva, a presidenciável falou de vários temas. Fez crítica ao atual sistema político, dizendo caso seja a vencedora do pleito, acabará com a reeleição para o executivo, pois segundo a pré-candidata, os políticos não pensam no Estado, contudo, nas benesses que irão colher para tentar um segundo mandato.

    Marina garantiu ainda, manter os programas sociais, por exemplo, a transferência de renda para as famílias carentes, as cortas nas universidades. Com relação a demarcação de terras indígenas, Silva disse que vai retomar as demarcações de terras dos povos indígenas e dos quilombolas.

    A pré-candidata disse que os recursos arrecadados para investir na saúde e na educação serão investidos de forma transparentes, pois o contribuinte precisa receber pelos impostos que paga. Alertou também, que fará uma reforma tributária que as pessoas ganham menos, pagarão menos impostos, porque hoje é o inverso.  

    Numa possível composição de governo, Marina Silva disse que governará com os melhores. A pessoa pode pertencer a qualquer partido, mas se for honrado não tem o porquê não fazer aliança. Citando como exemplo, o ex-senador gaúcho Pedro Simon (MDB). Todavia, ela disse que pretende formar um governo técnico, com pessoas dos movimentos sociais, do meio empresarial, das universidades. Salientando que os líderes de legenda, não são os únicos detentores de conhecimentos para ocupar os postos chaves da administração pública.

    A fundadora da Rede Sustentabilidade disse que à população tem a chance de demitir os maus funcionários em outubro, ou seja, a grande maioria dos detentores de cargos eletivos. Além disso, ela reforçou que os eleitores acreanos têm a oportunidade de renovar o quadro do Congresso Nacional com nomes como o do Minoru e Carlos Gomes.

    No primeiro mandato de senadora, que teve início em 1995, a ex-petista foi muito criticada no Vale do Juruá. Os políticos espalhavam boatos contra ela, dizendo que Marina era contra a BR-364, o que não era verdade. Defensora do meio ambiente, a senadora era contra a forma como ocorria o processo de construção da rodovia. Silva agradeceu a imprensa pela chance de poder esclarecer os fatos. A presidenciável afirmou quando as ações políticas são apenas eleitoreiras, o resultado é semelhante ao que ocorre em Rondônia e no Acre com a hidrelétrica Santo Antônio, quando chove o povo vive situações lamentáveis.

    Marina finalizou a coletiva dizendo que caso chegue ao segundo turno, formará o maior léxico de aliança política do País, com os duzentos milhões de brasileiros.

    Por Leandro Matthaus