Carlos Menem, ex-presidente da Argentina e atual senador pela província de La Rioja, morreu neste domingo (14), aos 90 anos.
Ele foi a pessoa que mais tempo comandou o país vizinho de forma ininterrupta — foi presidente de 1989 a 1999, com uma política de privatização e forte abertura às importações que o distanciou da doutrina estatista e industrial histórica de sua força política, o peronismo do Partido Justicialista. Um outro ramo desse grupo agora exerce o poder novamente, com Alberto Fernández como presidente.
Sua visão privatizante e liberal fez dele figura querida para o Fundo Monetário Internacional, os investidores de Wall Street, os republicanos dos EUA e o Fórum Econômico Mundial de Davos.
Formado em direito, Menem foi governador de sua província natal, La Rioja, em duas ocasiões, a primeira em 1973, embora tenha sido destituído do cargo quando ocorreu o golpe de 1976 e foi detido por dois anos.
Paridade cambial
Menem promoveu a reforma da Constituição em 1994, que introduziu a reeleição presidencial imediata, além de abolir a obrigatoriedade de professar a religião católica para quem exerce a presidência argentina.
Também perdoou os maiores responsáveis pela última ditadura (1976-1983) que haviam sido processados, bem como membros de organizações guerrilheiras.
Ele esteve em prisão domiciliar preventiva em 2001 por um julgamento por contrabando de armas para a Croácia e Equador. Foi libertado semanas depois por decisão da Suprema Corte de Justiça e posteriormente absolvido por prescrição em um caso que durou 25 anos.
Por G1