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    Em Cruzeiro do Sul, trabalhadores da educação com apoio do Sinteac e do Conselho de Gestores aderem à paralisação em defesa do reajuste salarial

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    Os trabalhadores da Educação da rede estadual de ensino em Cruzeiro do Sul, com apoio do Sinteac e do Conselho de Gestores decidiram pela adesão à paralisação da categoria em defesa do reajuste salarial da categoria.

    O ato foi realizado nesta segunda-feira(1°). A paralisado é uma de alerta ao governo do Estado do Acre para atender a reivindicação dos trabalhadores que cobram a reposição salarial, cuja defasagem serial é de 180% em relação as demais categorias de trabalhadores.

    O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Cruzeiro do Sul, Edvaldo Gomes, enfatiza que a paralisação foi decidido em comum acordo com o Conselho de Gestores do município, na última sexta-feira ( 29). ” Na reunião, decidimos que íamos aderir nesta segunda-feira à paralisação da rede estadual de ensino, decido pelos trabalhadores e sindicatos que representam os servidores de SEE. A paralisação é uma alerta ao governo do Estado, para que possamos urgentemente avançarmos nas negociações do tão sonhado reajuste salarial”.

    O sindicalista relembra que os servidores estão há quatro anos sem aumento. ” Tudo aumentou, a inflação, o preço dos alimentos, a gasolina, menos o salarial dos professores e dos servidores de apoio”, afirma. Gomes afirma que os servidores tem consciência pelo qual todos estão passando, mas os professores em nenhum pararam de trabalhar. ” Pelo contrário, estamos trabalhando ainda mais. Precisamos nos reinventar, a trabalhar de forma remota e muitos sequer estavam preparados para isso. Muitos tiveram que comprar celular novo, computador, gastar com internet. Então, é preciso valorizar quem trabalha duro para ver o nosso Estado melhor”, disse.

    Já o presidente do Conselho de Gestores Jair Costa afirma que a paralisação é uma forma de mostrar ao governo a necessidade da negociação pelo reajuste da classe. O gestor lembra que um professor com doutorado entra no quadro da SEE com um salário menor que algumas categorias que tem apenas o ensino médio.

    Ele também aborda a questão da dificuldade dos gestores para trabalhar, os gastos dos professores no período de pandemia. “Com os gestores escolares a situação é crítica, enquanto as demandas de trabalho só aumentaram com a Pandemia os salários estão defasados ao extremo. Sob as costas do gestor escolar recai toda a responsabilidade jurídica, administrativa e pedagógica da escola. Mesmo assim, não tem sido dado a valorização necessária. A conversa de revisão da tabela já se alonga a mais de dois anos. Já não temos mais como aguardar boa vontade precisamos de ação urgente.
    A desvalorização é tão absurda que vemos profissionais de outras categorias ingressando no serviço público do Acre apenas com formação de ensino médio recebendo salários de 50% a 100% maiores que os salários dos professores em início de carreira. A defasagem é de quase 180%. Hoje o professor do Acre ganha o menor salário do País”, destaca.

    Devido à pandemia, os trabalhadores não realizaram ato que culminassem em aglomeração. 

    Por Leandro Matthaus