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    Bruno Fratus deixa redes sociais de lado por medalha em Tóquio 2020

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    Sabe aquela passada rápida nas redes sociais antes de dormir? Bruno Fratus esqueceu o que é isso. Mais até. O principal nadador brasileiro, hoje com 31 anos, se desligou de tudo que não é relacionado com a natação em busca da primeira medalha olímpica, em Tóquio 2020.

    Fratus tem uma relação complicada com Jogos Olímpicos. Em Londres 2012, o nadador natural de Macaé ficou na quarta colocação nos 50 m livre, a 0s2 do terceiro colocado, o também brasileiro Cesar Cielo, que viria a ser seu grande rival nas piscinas. Quatro anos mais tarde, o tempo do nadador piorou e a colocação também: sexto lugar, com 21s79.

    O problema em si não é exatamente não ter uma medalha olímpica, mas saber que esteve, e talvez ainda esteja, muito perto do objetivo de enfim sentir o gostinho do pódio olímpico. O nadador tem no currículo quatro medalhas em mundiais e sete em Jogos Pan-Americanos.

    No período de piscinas fechadas durante a pandemia do novo coronavírus, o atleta aproveitou para reforçar um lado que ainda hoje nem todo atleta dá importância. Tão importante quanto a técnica e o físico está o lado mental para o nadador. Em entrevista promovida para anunciar o novo patrocinador do COB (Comitê Olímpico do Brasil), ele contou um pouco da sua experiência rumo à Tóquio 2020.

    “Você começa a entrar em um estado mental em que algumas coisas parecem fúteis, vazias. Chega uma hora que tudo que você quer saber é trabalho. Foi um resultado desse tempo parado, tempo sem piscina, no meio da pandemia. Acabei me tornando, o que eu acho, a melhor versão como pessoa e como atleta”, disse Fratus, que atualmente mora e treina nos Estados Unidos.

    As exceções nas redes sociais são para postagens dos patrocinadores e o alívio da vacinação. Morador da Florida, o velocista foi imunizado contra a covid-19 no começo de maio, ao lado da mulher e treinadora Michelle Lenhardt.

    “Quebrei o meu retiro de redes sociais e passei aqui para passar uma mensagem importantíssima para vocês: vacina, sim”, escreveu o nadador na ocasião.

    Nos 50 m livre de Tóquio 2020, Fratus tentará defender um legado de conquistas da natação de velocidade do país. Fernando Scherer (bronze em Atlanta 1996) e Cesar Cielo (ouro em Pequim 2008 e bronze em Londres 2012) ajudaram a construir o respeito pela touca com a bandeira do Brasil.

    Por R7