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    Sede de Justiça: Mulheres fazem vakinha virtual pra custear advogado para estudante da Ufac vítima de estupro em Cruzeiro do Sul

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    Depois de a notícia do estupro da jovem Gabriela do Nascimento Souza, 22 anos, vir à tona, dezenas de mulheres da cidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, estão se mobilizando nas redes sociais pedindo justiça contra o acusado do crime. Além disso, elas organizaram uma vakinha virtual, na qual todo dinheiro arrecadado será usado pra pagar um advogado para defender a vítima.

    Gabriela estuda Engenharia  Agrônomica na Universidade  Federal  do Acre, no Campus Floresta. 

    Segundo a jovem, na quarta-Feira (19), ela foi abusada pelo ex-namorado, o engenheiro civil A. S. M, de 24 anos. Ele teria forçado ela praticar sexo anal, mesmo diante da recusa.

    A vítima procurou a delegacia pra registrar um boletim de ocorrência. Logo após o registro da ocorrência, o suspeito foi preso e levado para a delegacia da cidade. Depois encaminhado ao presídio Manoel Neri.

    Contudo, a defesa do acusado conseguiu liberá-lo da prisão, no sábado (22). O engenheiro vai responder em liberdade.

    A jovem relata que após ter acontecido o ato do estupro, o ex-namorado pediu desculpas via whatsapp e disse que isso não aconteceria de novo, deixando subentendido que tinha praticado o sexo anal e vaginal sem o consentimento da jovem, como ela relatou no Boletim de ocorrência. Ainda segundo a jovem, ao ser conduzido até a delegacia, o rapaz enviou uma mensagem de texto na intenção de coagi-la, como mostra nas imagens alguns trechos das conversas .

    O Portal Tarauacá teve acesso ao diálogo da jovem com o ex-namorado. Na conversa, ela relata que a ama , mas aquilo foi errado. Além de não ser a primeira vez.

    Vale lembrar que de acordo com o Código Penal Brasileiro, em seu artigo 213 (na redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009), estupro é: constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.

    No Brasil, país onde a cultura machista impera, a vítima de tal ato é obrigada a se defender e provar para todos que está falando a verdade, mesmo diante de tantos fatos.

    A defesa da vítima  nega as acusações.